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terça-feira, 3 de março de 2020
NOSSA ORIGEM E DESTINO
- Salve 19 de março -
O Município é uma circunscrição territorial de personalidade jurídica com certa autonomia administrativa. Está previsto nos artigos 29 a 31 de nossa constituição Federal de 1988. Tem Lei Orgânica própria, tem suas competências e é fiscalizado pelo Poder Legislativo com o auxilio do Tribunal de Contas do Estado.
O Brasil, segundo a Wikipedia, tem 5.570 municípios(2019). O Estado de São Paulo tem 645. São José do Rio Preto tem 460.671 habitantes (2019). É um dos municípios mais populoso do Estado de S.Paulo. E como nos conta o historiador Agostinho Brandi, Lelé Arantes e outros estudiosos da história desta cidade, sua fundação ocorreu em 19 de março de 1852 . Em 20 de março de 1855 foi guindado à categoria de Distrito de Paz, em 19 de julho de 1894 se transformou em município e em 9 de junho de 1904 foi elevado a comarca, cuja instalação se deu em 5 de outubro de 1904. Seu fundador foi o senhor João Bernardino de Seixas Ribeiro.
O território riopretano pertence à bacia hidrográfica do rio Grande e sub-bacia do rio Preto e tem como afluentes o os córregos dos Macacos, Lagoa ou da Onça, Aterradinho, Canela, Borá, Piedade, Piedadinha, Felicidade, São Pedro e Talhado. Limita-se atualmente com Ipiguá e Onda Verde, a norte; a leste com Guapiaçu e Cedral; ao sul com Bady Bassitt e oeste com Mirassol ocupando uma área territorial equivalente a 431,3 km².O clima é tropical e sub-quente e úmido com temperatura média de 23,6ºC. A vegetação é do tipo cerrado, cerradinho e capoeira.
A denominação é referente ao seu padroeiro, São José das Botas, cuja imagem foi encontrada pela senhora Mariana Ignácia Ribeiro, esposa do fundador, mas, isto não foi sempre de forma pacífica. Em 6 de novembro de 1906, lei estadual de nº 1.021 ficou determinado que a cidade seria denominada Rio Preto. Em 30 de novembro de 1944, pelo Decreto-lei 14.334, voltou para São José do Rio Preto. Também em 1944, o Centro Geográfico do Rio de Janeiro propôs que a cidade passasse a se denominar Iboruna, visto que havia em Minas Gerais nome homônimo. O nome não foi aceito e não emplacou.
O Bispado de São José do Rio Preto nasceu por ação do Papa Pio XI e no dia 25 de janeiro de 1929. Foi desmembrada de São Carlos do Pinhal. Em 8 de agosto de 1930 foi nomeado bispo D.Lafayette Libânio que criou a Basílica Nossa Senhora Aparecida com o propósito de agradecer a proteção da Santa durante a Revolução de 1932.
São José do Rio Preto tem seus símbolos devidamente organizados. O Brasão de Armas foi criado por Affonso D’Escragnole Taunay e desenhado por José Wast Rodrigues, oficializado em 10 de agosto de 1936; a Bandeira Municipal, criada por Arcinoé Antonio Peixoto de Faria e oficializada em 19 de julho de 1971 pela Lei 1.569. O hino municipal é de autoria de Ferdinando Giovinazzo, com música de Deocleciano de Souza Viana.
A Câmara Municipal teve sua primeira eleição em 29 de outubro de 1894.. Ficou como presidente o senhor Pedro Amaral e os vereadores eleitos foram Francisco Antonio Braga, Luiz Francisco da Silva, Luiz Pinto de Moraes, Pedro Amaral( exercia simultaneamente os dois papéis), Porfírio Pimentel, Valêncio José Barbosa e como suplente figurou o senhor João Bernardino de Seixas Ribeiro. Até 1908, o presidente da Câmara exercia o papel de intendente. Somente após este ano é que a figura do prefeito foi criada politicamente e se tornou no primeiro alcaide o Cel Adolpho Guimarães Correa, que já vinha exercendo o papel de intendente, firmando-se como um dos políticos de maior mandato no município.
A grande arrancada rumo ao progresso que São José do rio Preto deu foi com a chegada da Estrada de Ferro Araraquarense(EFA) em 21 de janeiro de com inauguração oficial em 9 de junho de 1912.. Estavam na comitiva o fundador da EFA Carlos Magalhães e seu presidente, Álvaro de Menezes, juntamente com o Secretário da Agricultura Januário dos Santos Nova além de vários políticos e jornalistas. Após, foi servido um jantar para cem convidados seguido de um baile no Éden Park.
Fidelis Soares da Costa foi o primeiro juiz de paz eleito em 2 de setembro de 1856. Este cargo era de vital importância para a comunidade e, por força da proclamação da república, em 1889 e do Estado Novo, em 1937, a autoridade representativa do cargo voltou-se,apenas, para a área civil. O primeiro júri aconteceu em são José do rio Preto em 7 de março de 1905, presidido pelo juiz Antonio de Souza Barros. Na área médica, o primeiro cidadão a exercer a ‘cura de doentes’, foi o capitão Silvério Cardoso de Toledo, autorizado a exercer tal tarefa pela Câmara Municipal à vista da inexistência de profissionais na área da saúde.
Na área da aviação os primeiros movimentos datam da década de 30 em campo improvisado onde é hoje o SENAI, a APAE e a Casa da Cultura. No dia 14 de abril de 1934, foi inaugurada linha da Vasp, ligando a cidade a Ribeirão Preto, Uberaba e São Paulo. Em 19 de março de 1959 foi inaugurado o aeroporto localizado na Avenida dos Estudantes que por força de lei passou a denominar-se Eribelto Manoel Reino. Hoje São José do rio Preto registra linhas nacionais e internacionais como centro de região.
O serviço de correio se iniciou em São José do rio Preto em 1855, respondendo pelos serviços a agente Ana de Paula.. Em 1939 foi lançada a pedra fundamental do Correio da cidade autorizado a funcionar em 22 de fevereiro de 1965 e na prática, isto só aconteceu em 20 de março de 1966 tendo como diretor regional o senhor Vergílio Antonio Simionato.
Na área educacional em 1869 o assunto foi objeto de estudo e atenção. O assunto entrou em pauta no dia 9 de agosto de 1895 pela Câmara Municipal e, por ser matéria prioritária, converteu-se em lei. Em 5 de fevereiro de 1902 o município oficializava dez escolas mantidas pela municipalidade. Em 12 de março de 1910 as escolas foram reunidas dando origem ao 1º Grupo Escolar de Rio Preto, hoje o ‘Cardeal Leme’. Os primeiros gestores da educação municipal foram José Amâncio Carneiro da Motta, capitão Arthur Gonçalves, Sebastião de Toledo, Walter de Lemos Azevedo e capitão Januário Cione.
Na Revolução Constitucionalista de 32, São José do Rio Preto se posicionou e vários de seus ‘soldados constitucionalistas’ morreram ‘front’, chegando a ser sede do 10º Distrito Estadual do Comitê da Revolução. Monumento foi construído em homenagem aos mortos e ao movimento pelo escultor Helio Coluccini, de Campinas. O Mausoléu foi inaugurado em 9 de setembro de 1937 e em 1968 foi transferido para a Praça Rio Branco, em frente ao Fórum. A cidade participou ativamente, também, da Revolução de 1924, 1930 e 1964, esta última com grandes ações encetadas pelos militares contra a Câmara Municipal, contra cidadãos atuantes e a FAFI, atual UNESP.
A cidade era eminentemente católica apostólica romana em seus primeiros momentos. Em 1890 chegaram os primeiros evangélicos. Atualmente temos católicos apostólicos romanos, católicos apostólicos brasileiros, evangélicos, espíritas, testemunhas de Jeová, mórmons, budistas, ortodoxos, umbanda e candomblé, tradições esotéricas e indígenas, judaístas, espiritualistas, adventistas, Evangelho Quadrangular, Metodista, Congregação Cristã no Brasil, Brasil para Cristo, Universal, Deus é Amor, Nova vida, Batistas e outras.
Este um pequeno retrato do sonho de João Bernardino de Seixas Ribeiro e seus companheiros tornado realidade. Um salto rápido sobre os cento e sessenta e dois anos desde os momentos primeiros e a grande metrópole de hoje. Cidade das oportunidades.
Esta uma pequena homenagem que o INSTITUTO HISTÓRICO, GEOGRÁFICO E GENEALÓGICO - IHGG – de São José do Rio Preto presta a mais um aniversário de fundação desta cidade. A todos que contribuíram, de uma forma ou de outra para o presente hoje desfrutado; a todos os que no passado deram sua contribuição para que um sonho se tornasse realidade,a todos os que ajudam hoje para que tudo seja o melhor para cada munícipe, nossos cumprimentos e agradecimentos comunitários.
Salve 19 de março !
Março de 2019
Prof. Dr.Antonio Caprio
Presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de S.J.R.Preto
ÁLBUM DE RIO PRETO – CENTO E UM ANOS DE HISTÓRIA
(retrospectiva)
Nada detém a marcha do tempo, tempo esse que é uma utopia da intelectualidade humana. O calendário marcava 15 de maio de 1919. Dois homens se reuniram em torno de uma mesa de café, e fizeram nascer a ideia de se escrever um álbum que registrasse a linha do tempo de São José do Rio Preto, de 1918 e 1919 uma cidadezinha que brotava no alto sertão noroeste do Estado de São Paulo. Eram eles Fernando Oiticica da Rocha Lins, advogado alagoano que por aqui aportou em 1913, respondendo pela parte de pesquisa histórica e fotográfica e Raul Silva, dentista formado pela Faculdade de Farmácia e Odontologia de São Paulo, atuando como ideólogo do projeto. Sonhando e registrando seus sonhos, nasceu o “ Álbum de Rio Preto”. Ambos os autores tiveram uma vida profícua, plantando diversas sementes culturais, sociais e filantrópicas e deixaram, não só o álbum, como também diversas outras obras e serviços, estando seus nomes perpetuados em ruas da cidade.
A cidade era ‘adolescente’ com ‘apenas’ 67 anos e registrando mais de duas mil residências e por volta de 125 mil habitantes, muitos fixados em pequenas chácaras e algumas poucas fazendas, num imenso território entre os rios Preto, Turvo, Grande, São José dos Dourados, Paraná e Tietê. Oiticica destacou em sua introdução : “ e todos nós que aqui vivemos, neste solo abençoado com atencioso interesse seguimos de perto a sua estupenda evolução, devemos congregar, com todas as nossas forças, com o melhor dos nossos esforços, esquecendo ressentimentos que porventura existam, abstrahindo personalidades, para, pelo trabalho comum fazer de Rio Preto, uma bela, grande e risonha cidade, retribuindo desse modo, o magnífico agasalho que a todos nos proporciona” . Rio Preto, em 15 de maio de 1919. F Oiticica Lins ( grafia da época).
O Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico IHGG, de São José do Rio Preto, por um trabalho conjunto com Lelé Arantes, então presidente da entidade, Agostinho Brandi e outros colaboradores fez reeditar o citado álbum, um primor não só de informações de várias naturezas, como também uma enorme e agradável seleção de imagens de pessoas e estabelecimentos comerciais, industriais e de várias outras naturezas, fixando, através das fotos, como que por um passe de mágica, a linha do tempo dos anos de 1918 e 1919.
O IHGG registra a ambos os cidadãos os mais elevados préstimos de agradecimento pelo significativo trabalho em favor da história de nossa cidade das oportunidades. É através da História que podemos avaliar o trabalho de cada um pela conquista do presente que hoje desfrutamos. Nossos cumprimentos ao Diário da Região de 15.05.2019 – Página 5B( jornalista Marival Correa) pelo registro do importante fato.
Março de 2020
Prof. Dr. Antonio Caprio
Presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de São José do Rio Preto.
O NASCIMENTO DO MUNICÍPIO DE RIO PRETO
(Fragmentos da História dentro da História)
A História de um povo caminha sob a ação do tempo e cabe a alguns registrarem-na para que ela não se parca nos redemoinhos da eternidade. Em 19 de março de 1852 é dado um passo importante para a criação de uma nova cidade na região noroeste do Estado de São Paulo, numa verdadeira selva, uma verdadeira jângal de mata nativa do tipo de cerrado, cerradinho e cerradão. Vieram outras fases, dentre as quais o Distrito de Paz e a subdelegacia de Polícia (1855), ficando subordinada a nova futura cidade ao município de Jaboticabal, desvinculando-se de Araraquara. O município nasceu de desmembramento da comarca de Jaboticabal, numa ação que envolveu um exército de construtores culminando com a edição da Lei Estadual número 294, de 19 de julho de 1894, assinada pelo então Presidente do Estado de São Paulo, Bernardino de Campos. Assinaram o documento na parte de secretaria executiva o Dr Cesário Motta Júnior e como Diretor Geral, João Baptista de Alvarenga. Publicada a lei, em Rio Preto, o alvoroço se iniciou para agora tornar realidade o que a lei determinou. O mês de agosto foi importante e foi formada comissão composta de Francisco Antônio Braga, Porfirio Luiz Pimentel e Valêncio José Barbosa que agiram de forma intensa na organização básica do novo município, onde Valêncio José Barbosa se ocupou da elaboração do orçamento da Receita e da Despesa e os demais na aplicação efetiva do Código de Posturas, herdado de Jaboticabal e aqui adotado provisoriamente. O orçamento foi fixado onze contos duzentos e trinta mil reis ( 11.230$000) sob várias rubricas a título de impostos. Seguiu-se o rol das despesas conforme legislação pertinente. Ato contínuo, em 29 de outubro de 1894 foi realizada eleição na sacristia da Igreja Matriz, onde compareceram 446 eleitores, sagrando-se vencedores os vereadores Pedro do Amaral campos(Presidente da Câmara), Porfirio Luiz Pimentel(Vice-presidente), Luiz Francisco da Silva (Intendente – prefeito) e os vereadores Luiz Pinto de Morais, Francisco Antonio Braga e Valêncio José Barbosa.
A primeira câmara assumiu dia 29 de novembro de 1894, com mandato até 7 de janeiro de 1896 para se adequar ao calendário eleitoral do Estado. Na época, o mandato do vereadores era de três anos e o mandato do intendente (prefeito) de um ano. Na prática, a administração da cidade ficava sob as ordens da Câmara, sendo o intendente (um dos vereadores) o cumpridor das determinações legislativas. Os vereadores não recebiam remuneração e o intendente era remunerado. O ensino primário municipal (escola mista para o ensino das primeiras letras) foi instituído em 9 de agosto de 1895, quando era intendente o senhor Luiz Pinto de Moraes, ficando o salário do professor em cem mil reis mensais. A fiscalização da escola ficava a cargo da presidência da Câmara. A primeira professora nomeada foi a senhora Gertrudes Augusta do Amaral Salles. O Secretário Interino da Câmara era o senhor Delmiro Correa. Já em 1896 assume como intendente o senhor Francisco Antonio Braga substituído em 1910 pelo senhor Adolpho Guimarães Correa. Em 12 de julho de 1903 circula o jornal “O Porvir”. O grande timoneiro da história rio-pretense, João Bernardino Seixas Ribeiro continuava a ser peça fundamental em todo o processo histórico.
A ação dos construtores de Rio Preto foi coroada em 9 de junho de 1904, quando o Presidente do Estado de São Paulo, Jorge Tibiriçá, assinou a lei número 903, criando a Comarca de São José do Rio Preto cuja instalação solene aconteceu no dia 13 de outubro de 1904. A madrugada foi saudada com salva de 21 tiros ao som da corporação musical ‘ 17 de junho’, executando dobrados e marchas festivas. Seguiu-se missa solene celebrada pelo padre Antonio Purita, num igreja totalmente tomada pela população rio-pretense. Garboso desfile se viu pelas ruas apedregulhadas centrais tendo à frente a garbosa retreta acompanhada por numerosa população.
Este um fragmento, dentro de uma grande História. Salve, três vezes salve a todos os que se engajaram nesta luta e aos que, hoje, continuam a escrever nossa bela História.
Prof. Dr.Antonio Caprio – 2019
Presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de São José do Rio Preto – IHGG.
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