HISTÓRIA DE RIO PRETO

BANDEIRA e BRASÃO DE ARMAS


BANDEIRA de SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Oficializada pela Lei Municipal nº 1.569, de 19/7/71 

Composição:
* um retângulo vermelho recortado em cruz, faixas brancas e pretas, sobre as quais, no centro, está um losango branco e dentro dele o brasão. 

Significados:
Vermelho- amor pátrio, dedicação, audácia, intrepidez, coragem, valentia. 
Águia: o poder, vitória, império, prosperidade, benignidade, generosidade tendo nas garras ramos floridos de lírio, que simbolizam santo padroeiro São José. 
Torres: em número de 8, sendo 5 visíveis indicando que a cidade é sede de comarca. 
Produção agrícola: representada por hastes de cana, galhos de café, ramos de algodão, milho e arroz. 
Escudo prateado: representa a paz, a amizade, o trabalho, a prosperidade, pureza e religiosidade. O escudo é do tipo português; 
Cidade antiga e cidade nova: abaixo da águia.
Faixa ondeada: representa o rio preto. Em vermelho e com as letras em branco.

Pesquisa: Antonio Caprio


BRASÃO DE ARMAS de SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Em 1936, é criada a Bandeira do Município de São José do Rio Preto (SP), porém em 1971 a Lei Municipal n.º1.569, de 19 de julho, define suas características, bem como dos demais símbolos municipais: Hino e o Brasão.

Sua cores são as mesmas a da Bandeira do Estado de São Paulo: vermelho, preto e branco.
A bandeira do Município é formada por um retângulo vermelho recortado, em cruz, por faixas brancas e pretas, sobre as quais, no centro, está um losango branco e dentro dele o BRASÃO DA CIDADE. A cor vermelha significa: amor-pátrio, dedicação, audácia, intrepidez, coragem, valentia; a águia, simboliza o poder, vitória, império, prosperidade, benignidade, generosidade, e traz nas garras ramos floridos de lírio ao natural, que simboliza o santo padroeiro da cidade que é São José. Inclui também o traçado de oito torres, das quais apenas cinco são visíveis em perspectiva no desenho, indica que a cidade é sede de Comarca. A produção agrícola está representada por hastes de cana, galhos de café, ramos de algodão, milho e arroz, tudo ao natural, lembrando as riquezas agrícolas do município, cuja importância econômica é responsável pelo vertiginoso progresso da cidade; e no centro, o escudo prateado é símbolo de paz, amizade, trabalho, prosperidade, pureza e religiosidade; a faixa ondada de sable (preto) representa o rio Preto que faz parte do nome da cidade e do município.

Profª. Drª Nilce Lodi Membro do IHGG - SJRP


HINOS DE RIO PRETO

Oficializados pelas leis nº 262, de 27/11/1952 e nº 335, de 5/4/1954. 
obs: os três hinos foram escolhidos mediante concurso público.

1) HINO OFICIAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 
Letra Ferdinando Giovinazzo
Música: Deocleciano de Souza Vianna(Vianinha) 


Das sementes da luta e trabalho/
Brotam flores de puro ideal/ 
E a cidade ao compasso do malho/ 
Vai seguindo na marcha triunfal. 
Refrão: 
São José do Rio Preto,/ 
Tua marcha, tua fé/ 
Vão levando para a glória/ 
O pendão de São José. 
O viajor que de longe vieste/ 
Para ver esta gente viril/ 
Vem conosco que vamos pr’o Oeste/ 
Desbravar os sertões do Brasil. 
Pela Pátria a marchar, que alegria/ 
Todo um século vela por nós/ 
É tão grande o fervor que nos guia/ 
Que o Brasil há de ouvir nossa voz. 
2) HINO DO CENTENÁRIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 
Letra e música: Prof. Francisco Larosa Sobrinho.
Arranjo: para piano do maestro Eduardo Dhomen 
Festejando o teu primeiro centenário/ 
Nós queremos com amor/ 
Aumentar teu precioso relicário/ 
Tua grandeza, teu valor. 

És o esteio desta estrada, és a bonança/
És a força imperiosa que a conduz/ 
Teu progresso vitorioso/ 
Inabalável sempre avança. 
Pedacinho do Brasil, tu és a luz/ 
Salve São José do rio preto/ 
Cidade encantadora/ 
Cidade divinal/ 
Salve são José do Rio Preto. 
Fonte rica, promissora/ 
Terra colossal/ 
Salve tua marcha gloriosa/ 
Imponente majestosa/ 
Conquistando sempre além/ 
Salve São José terra adorável/ 
E o seu povo admirável/ 
Salve, salve também. 
3) MARCHA PARA O OESTE 
Letra e música: Antonio Pepaiani de Pádua 
Promete a terra virgem/ Ao braço varonil/ 
Futuro glorioso/ 
Aos filhos do Brasil/ 
Brasil abençoado/ 
Brasil dos brasileiros/ 
São forças gigantes/ 
Que se batem triunfantes/ 
Rumo ao solo altaneiro. 
E todos vão a cantar; 
Buscando louros/ 
E mil tesouros/ 
No chão febril/ 
Sonho de amor/ 
Bem bandeirante/ 
Pelo Oeste do Brasil. 

FORMAÇÃO DO MUNICÍPIO



Nas proximidades do Rio Preto, em 1852, Luiz Antônio da Silveira doou terras para a formação do patrimônio de São José onde, no mesmo ano, João Bernardino de Seixas Ribeiro construiu a primeira casa, coberta de "sapé", mais tarde substituída por telhas de barro.

Os primeiros povoadores, procedentes de Minas Gerais, foram se instalando próximo à casa de João Bernardino e quando, em 1867, por aí passou o Visconde de Taunnay, anotou que a povoação já possuía meia dúzia de palhoças e uma capela em construção.
Inicialmente chamou-se capela de São José do Rio Preto, pertencente a Jaboticabal passando, em 1879, a freguesia com o mesmo nome. A autonomia político- administrativa deu-se em 1894, com sua elevação a Município.
O imenso território do Município de São José do Rio Preto que, inicialmente, confinava-se com o rio Paraná no oeste, rio Tietê no sul, rio Turvo no leste e rio Grande no norte, sofreu inúmeros desmembramentos no correr dos anos.
De 1906 a 1944, São José do Rio Preto teve o nome simplificado para Rio Preto e nesse último ano o Centro Geográfico do Rio de Janeiro cogitou alterá-lo para "Iboruna", tendo em vista haver homônimo mais antigo no Estado de Minas Gerais. Mas diante do protesto de seus habitantes, de associações de classe, de políticos, a idéia foi superada mediante Decreto Estadual restabelecendo o antigo topônimo de São José do Rio Preto.
A evolução econômica do Município foi marcada por um surto de progresso a partir de 1912, com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Araraquarense, constituindo-se hoje centro de influência regional.
GENTÍLICO: RIO-PRETANO OU RIO-PRETENSE
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA
Distrito criado com denominação de São José do Rio Preto, por Lei Provincial nº 4, de 21 de março de 1879.
Elevado à categoria de Município com denominação de São José do Rio Preto, por Lei Estadual nº 294, de 19 de julho de 1894, desmembrado de Jaboticabal.
Constituído dos Distritos sede. São José do Rio Preto, Tanabi, Ibirá, Avanhandava, Itapirema, Itapura e Vila Adolpho.
Tomou a denominação de Rio Preto por Lei Estadual nº 1021, de 6 de novembro de 1906.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o Município de Rio Preto se compõe de 7 Distritos: Rio Preto, Tanabi, Ibirá, Avanhandava, Itapirema, Itapurá e Vila Adolfo.
Lei Estadual nº 1564, de 14 de novembro de 1917, desmembra do Município de Rio Preto o Distrito de Catanduva (ex-Vila Adolfo).
Nos quadros de apuração de Recenseamento Geral de I-IX-1920, o Município de Rio Preto figura com os seguintes Distritos: Rio Preto, Cedral, Inácio Uchôa, Ibirá, Potirendaba, Itapirema, Cerradão São Jerônimo, Monte Aprazível, Mirassol, Tanabi e Nova Granada.
Lei Estadual nº 1676, de 10 de dezembro de 1919, desmembra do Município de Rio Preto o Distrito de Potirendaba.
Lei Estadual nº 1817 de 12 de dezembro de 1921, desmembra do Município Rio Preto
o Distrito de Ibirá. Lei Estadual nº 2008, de 23 de dezembro de 1924, desmembra do Município de Rio Preto o Distrito de Monte Aprazível.
Lei Estadual nº 2008, de 23 de dezembro de 1924, desmembra do Município de Rio Preto o Distrito de Novo Oriente (ex-Itapurá). Indo seu Território incorporar ao Município de Monte Aprazível.
Lei Estadual nº 2009, de 23 de dezembro de 1924, desmembra do Município de Rio Preto o Distrito de Tanabi.
Lei Estadual nº 2007, de 28 de dezembro de 1924, desmembra do Município de Rio Preto o Distrito de Mirasol.
Lei Estadual nº 2090, de 19 de dezembro de 1925, desmembra do Município de Rio Preto o Distrito de Nova Granada.
Lei Estadual nº 2102, de 23 de dezembro de 1925, desmembra do Município de Rio Preto o Distrito de Avanhandava.
Lei Estadual nº 2117, de 30 de dezembro de 1925, desmembra do Município de Rio Preto o Distrito de Uchôa (ex-Inácio Uchôa).
Lei Estadual nº 2399, de 27 de dezembro de 1929, desmembra do Município de Rio Preto o Distrito de Cedral.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o Município de Rio Preto compõe-se de 7 Distritos: Rio Preto, Borboleta, Engenheiro Schmidt, Ipiguá, Itapirema (sede: Monte belo), Nova Aliança e Ribeirão Claro.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o Município de Rio Preto compreende o único termo judiciário da comarca de Rio Preto e se divide nos seguintes Distritos: Rio Preto, Boa Vista, Borboleta, Engenheiro Schmidt, Ipiguá, Itapirema, Nova Aliança, Ribeirão Claro e Vila Mendonça.
No quadro anexo ao Decreto-lei Estadual nº 9073, de 31 de março de 1938, o Município de Rio Preto compreende o único termo judiciário da comarca de Rio Preto e se compõe dos seguintes Distritos: Rio Preto, com 2 zonas: 1ª Rio Preto e 2ª - Boa Vista; Borboleta, Engenheiro Schmidt, Ipiguá, Nova Alinça, Nova Itapirema (ex- Itapirema), Ribeirão Claro e Vila Mendonça.
No quadro fixado, pelo Decreto Estadual n.º 9775, de 30 de novembro de 1938, para 1939-1943, o Município de Rio Preto é composto dos Distritos de Rio Preto, sub­dividido em 2 Zonas: 1ª, Rio Preto e 2ª, Boa Vista; Borboleta, Engenheiro Schmidt, Ipiguá, Mendonça, Nova Aliança, Nova Itapirema e Ribeirão Claro, e é termo da comarca de Rio Preto, formado de 1 único termo, Rio Preto, termo este composto dos Municípios de Rio Preto, Cedral, Mirassol, Potirendaba e Uchôa.
Antiga comarca, termo, Município e Distrito de Rio Preto, e que pelo Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30-XI-1944, passaram a denominar-se São José do Rio Preto.
Por efeito deste mesmo Decreto-lei, a 1ª zona Distrital de São José do Rio Preto passa a ser 1º Subdistrito e a 2ª zona Distrital de São José do Rio Preto, Bela Vista, passa a ser 2º Subdistrito.
Em 1945-48, o quadro que foi fixado, pelo referido Decreto-lei n.º 14334, o Município de São José do Rio Preto ficou composto dos Distritos de São José do Rio Preto com 2 Subdistritos, 1º e 2º; Borboleta, Engenheiro Schmidt, Guapiaçu, Ipiguá e Talhado, comarca de São José do Rio Preto. O Município de São José ficou constituído dos Distritos de São José do Rio Preto, 1º e 2º , Borboleta, Engenheiro Schmidt, Ipiguá (ex-Ribeirão Claro) e Talhado.
Lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de 1944, desmembra do Município de São José do Rio Preto, o Distrito de Nova Aliança.
Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de 1944, desmembra do Município de São José do Rio Preto o Distrito de Nova Itapirema ex-Itapirema. Indo seu Território incorporar ao Município de Nova Aliança.
Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de 1944, desmembra do Município de São José do Rio Preto, o Distrito de Mendonça ex-Vila Mendonça.
Lei Estadual nº 2456, de 30 de dezembro de 1953, desmembrado do Município de São José do Rio Preto o Distrito Guapiaçu.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o Município de São José do Rio Preto é formado dos Distritos de São José do Rio Preto, Engenheiro Schmidt, Ipiguá e Talhado.
Lei Estadual nº 8550, de 30 de dezembro de 1993, desmembra do Município de São José do Rio Preto o Distrito de Ipiguá.




HISTÓRIA da cidade


"Penetrando o sertão"
óleo sobre tela
Artista Plástico: José Antonio da Silva





A cidade de São José do Rio Preto,  foi no passado um importante polo econômico regional para a agricultura. Hoje ela é uma das maiores cidades do estado de São Paulo e abriga um dos mais importantes e maiores centros do Brasil.
A origem da cidade data dos meados do século XIX, com as inúmeras incursões dos colonos para o interior do território brasileiro. Os motivos dessas incursões foram vários e diferiam de acordo com a região do país. A enorme área norte ocidental da Província de São Paulo era  praticamente desabitada nessa época, com  pousos esparsos, interligados por trilhas e caminhos precários . As incursões, vindas  das Minas Gerais, tinham por objetivo avançar o território provincial adentro, para a conquista e controle de maior quantidade de terras, visando estabelecer novos pousos e povoados, espaços para a agricultura, além de, se afastar de movimentos e conflitos políticos e revolucionários.
A historiografia inicial de São José do Rio Preto, parece estabelecer alguns consensos e algumas controvérsias entre os vários historiadores que se aventuraram nessa jornada de escrever a história da cidade.
A abertura de caminhos no sertão do Avanhandava, entre os rios Tietê, Grande e Paraná, nas áreas limitadas por Minas Gerais e Mato Grosso, proporcionou o surgimento de pequenas povoações entre 1840 e 1850.  Começou a nascer, a região localizada entre Araraquara e Jaboticabal, conhecida como a "Boca do Sertão do Avanhandava".
A trilha, que liga a região entre  Jaboticabal  e Aparecida do Taboado, percorrida pelos indígenas e militares do Salto do Itapura, transforma-se  com o levantamento realizado pela Expedição do Engenheiro von Hummell (1892) na principal via para a penetração do sertão.
Com o tempo, instalou-se entre dois pequenos córregos (Canela e Borá)  um pouso que passou a ser chamado de "São José do Rio Preto". O nome "Rio Preto" se deve a presença do rio que recebe este nome, que percorre a vegetação fechada que dá a coloração preta às suas águas límpidas.
Entre os anos 1840-50, vindos da cidade de Tocos de Minas, as famílias dos Gonçalves, dos Lemos,  dos Silveira, dos Carvalho,....juntamente com seus agregados. Partindo da doação de terras feitas pelos irmãos Luíz Antônio da Silveira e Antônio de Carvalho e Silva, teve início o povoamento efetivo de São José do Rio Preto e com a participação efetiva  de moradores da região. Podemos considerá-los CO-FUNDADORES da cidade, uma vez que ela surgiu do trabalho e doação de seus membros.
Dizem alguns que "a fundação de São José do Rio Preto, pode ser considerada um episódio da conquista do sertão paulista. “
Em 1867, o visconde de Taunay, ao retornar da Guerra do Paraguai, pernoita no pequeno povoado e registra , em seus relatos de viagem, uma visão melancólica e pouco promissora do arraial nascente: “meia dúzia de palhoças abandonadas, uma igrejinha em construção, e cremos que muitos anos fique neste estado, quando não se arruíne totalmente ...”
 Difícil precisar a data do início efetivo do povoamento de São José do Rio Preto – 19 de março de 1852 – porém ela está baseada na tradição, sem documentos.
O povoado foi fundado em 1852, ao redor da capela e do cruzeiro fixado na praça central. Em 1854, Pe. José Maria de Oliveira, Vigário de Araraquara, consagra a capela,  rezando provavelmente missa solene. onde está edificada, hoje, a Sé Catedral. Três anos mais tarde (18/junho/1857) recebe provisão , sendo instituída oficialmente como Capela.
O povoado cresceu e passou para Distrito em 1855. A capela elevou-se  a foros de freguesia em 1879 (21 de março) e esta,  à categoria de vila em 1894 (19/julho): finalmente à categoria de cidade, em 1904 (4/outubro).  Nessa data, São José do Rio Preto, tornou-se um município independente de Jaboticabal.
Conservou sempre,  seu nome oficial – São José do Rio Preto, nome gerado pela  devoção à São   José, seu padroeiro e por uma característica natural, o rio que delimita seu patrimônio, o rio preto.

Profª. Drª Nilce Lodi Membro do IHGG - SJRP




CRONOLOGIA da história da cidade



1830-40 – Sertanejos vindos do sul de Minas Gerais, da Vila de Nossa Senhora do Carmo de Tocos, (também denominada Carmo do Escaramuço, hoje Paraguaçu) e da Vila de Pouca Massa, exploram a extensa e inabitada área da Província de São Paulo, entre os rios Tietê, Grande e Paraná. As famílias Ferreira Lemos, Gonçalves de Souza, Soares, Fernandes, Costa, Rodrigues entre outras, fixam-se no território e demarcam suas propriedades.

   - Forma-se o bairro de São José do Rio Preto, parte do município de São Bento de Araraquara.
  - A tradição oral conserva relatos sobre a religiosidade do sertanejo quando diante de graves perigos. Exemplo: a "Lenda do Pássaro Azul".
1842 - A Revolução Liberal agita os moradores de Minas Gerais, que emigram buscando terras férteis, longe de sobressaltos e perseguições políticas.

1850 – Chegam à região, as famílias Botelho, Vasconcelos e Seixas Ribeiro.

1852 – Doação dos patrimônios a São José (entre os córregos Canela, Borá e o rio Preto) e à Nossa Senhora do Carmo (entre os córregos Borá e Piedade) pelos irmãos Luiz Antônio da Silveira e Antônio de Carvalho e Silva.
   - "Lenda do Pássaro Azul" , narra os perigos vividos pelos irmãos e seu amigo Vicente Ferreira Netto, perdidos na mata, motivando as doações dos patrimônios acima mencionados, em pagamento às promessas feitas..

1852 – Para marcar a posse dos patrimônios pela Igreja, é elevado um cruzeiro de madeira no centro do patrimônio de São José e inicia-se a construção de pequena capela, dedicada ao padroeiro. Trabalhos realizados por Manoel Pompeu e José Pedro do Nascimento. Ao redor da capela e do cruzeiro o povoado começa a se formar, por isso é este o "Marco Zero" da cidade de São José do Rio Preto.

1854 – Consagração da Capela pelo vigário de Araraquara, Pe. José Maria de Oliveira, onde é venerada a imagem de São José de botas, provavelmente trazida por alguma família de sertanejos.

1855 - Criação do Distrito de Polícia e de Paz , pela Lei de 20 de março de 1855 assinada pelo Presidente da Província José Antônio Saraiva. Fixa suas divisas.

1857 – Provisão de 18 de junho instituindo oficialmente a Capela pelo Arcebispo de São Paulo atendendo à Petição de Luiz Antônio da Silveira e sua mulher Thereza de Jesus e muitos moradores dos patrimônios.

1861- Construção da primeira casa de tijolos e coberta de telhas com material da própria região.

1867 – Visconde de Taunay pernoita no arraial e registra o estado do povoado em seus livros "Viagens de Outrora e "Diários", ao retornar da Guerra do Paraguai.

1867 – Reformas e ampliações da Capela.

1867 – Criação do Município de Jaboticabal desmembrado do de Araraquara. São José do Rio Preto passa a integrá-lo.

1870 – Início da cultura cafeeira e do movimento migratório responsável pelo expressivo crescimento populacional observado nas décadas finais do século XIX e iniciais do século XX.

1873 - A população do distrito SJRP é de 2.639 habitantes, dos quais 209 escravos de ambos os sexos.

1879 – A Capela de São José do Rio Preto, município de Jaboticabal, é elevada a foros de Freguesia pela Lei nº 4, de 21 de março, da Assembléia Provincial de São Paulo. É nomeado Padre José Bento da Costa, seu primeiro vigário, que assume.

1880 – Ato de 12 de janeiro, estabelece as divisas da Freguesia. Superfície calculada em mais de 75 léguas de extensão por 45 de largura.

1882 – A 15 de janeiro é instalada a Paróquia por Provisão de D. Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, Bispo de São Paulo.
- Construção da Casa Paroquial pelo Pe. José Bento da Costa.

1885 – Instalação da Agência dos Correios.

1893-1894 – A Expedição de von Hummell realiza estudos topográficos da região traçando a Estrada de Jaboticabal ao Porto do Taboado passando por São José do Rio Preto.

1893-1894 – Pe. José Bento da Costa encomenda ao Engenheiro italiano Ugolino Ugolini a "Planta da Villa".

1894– Lei nº 294, de 19 de julho, cria o Município de São José do Rio Preto, desmembrado do de Jaboticabal. As divisas são as mesmas do distrito. Área: 26.363 kms2.e 3.221 habitantes. A povoação de São José do Rio Preto é designada sede municipal, conta com 72 casas, sendo apenas sete(7) em alvenaria, 25 ruas, a praça central, onde está erguida a Capela de São José e o cruzeiro.

1894 - Eleição da primeira Câmara Municipal, seis vereadores são empossados em 27 de novembro, sendo escolhido Pedro Amaral Campos seu presidente e Luiz Francisco da Silva, o Intendente (hoje Prefeito Municipal).

1896 – Planos para a construção da Matriz da paróquia e a demolição da antiga capela.

1898 – O povoado conta com 120 domicílios

1899 – Fundação da Loja Maçônica Kosmos.

1900 – Escola Municipal realiza os exames finais dos alunos com a presença do Intendente.

1902 – Lançamento do primeiro jornal de Rio Preto.

1904- Criação da Comarca de São José do Rio Preto (Lei nº 903, de 5 de junho) sancionada por Jorge Tibiriçá, presidente do Estado, desmembrada da de Jaboticabal. Instalação: 5 outubro 1904

1904 – A 5 de outubro , solenes cerimônias comemoram a elevação da Vila à categoria de CIDADE. (Lei nº 20, de 4 /10/1904)

1906 – Em 1906,o nome foi mudado para Rio Preto. Lei estadual n.º 1021, de 6 de novembro.

1906 – Instalação do hospital Casa de Caridade organizado pela Loja Kosmos para o atendimento de doentes pobres.

1908 – Eleição do primeiro prefeito municipal: Adolpho Guimarães Corrêa.

1908 -A Paróquia de São José e toda área municipal faz parte da Diocese de São Carlos.
         José Marcondes Homem de Mello, bispo de São Carlos visita a Paróquia.
1908 - Início dos desmembramentos de áreas do município. Instalação de melhoramentos: jardim público pavimentado, coreto, sarjetas nas ruas principais, postes de iluminação.
1911 – Rio Preto se compõe dos distritos de Rio Preto, Tanabi, Ibirá (antiga, São Sebastião da Cachoeira), Avanhandava (atual Planalto), Itapirema, Itapura e Vila Adolfo (atual Catanduva).

1912-1913 – Autorização para demolição da Capela e início da construção da Matriz, sob o comando de Pe. Joaquim Antônio do Canto.

1912– É inaugurado oficialmente o tráfego ferroviário . A Estrada de Ferro Araraquarense mantém seu ponto terminal em Rio Preto de 1912 até 1933. A cidade, até então conhecida como "boca do Sertão do Avanhandava" torna-se a "Capital da Alta Araraquarense". Desenvolvimento comercial intenso. Polo de concentração e irradiação da produção regional.

1912 – Receita municipal: 100.000$000
- Escola REUNIDAS criada para atender a população em idade escolar.

1917 – Receita municipal 320.000$000
- Desmembramento do Município de Catanduva

1918 - A Casa de Caridade acolhe os contaminados pela gripe espanhola.

1919 – A cidade conta mais de 2.000 casas e a receita municipal é de 470.000$000

1919 – Fundação do Rio Preto Esporte Clube

1920 – Instalação do Colégio das Religiosas de Santo André , para a educação feminina em regime de internato, semi-internato e externato.

1920 – Fundação do Rio Preto Automóvel Clube e da ACIRP, Instalação de clubes e sociedades de estrangeiros e de agências consulares (Espanha, Itália, Portugal).
- Cresce a população estrangeira e brasileiros de outros estados.






Expansão cafeeira na região.

1920 – O Recenseamento sinaliza uma população de 126.796 habitantes dos quais 6.021 são estrangeiros, distribuídos por uma área de 26.126 kms2. O Município conta com os seguintes distritos: Rio Preto, Cedral, Inácio Uchoa, Ibirá, Potirendaba (ex- povoado de Três Córregos), Itapirema, Cerradão ( atual José Bonifácio), São Jerônimo, Monte Aprazível, Mirassol, Tanabi e Nova Granada (ex-Pitangueiras).

1921 – Desmembramento do Município de Ibirá (ex- São Sebastião da Cachoeira).

1924 – Desmembramento dos Municípios de Mirassol, Monte Aprazível, Tanabí e José Bonifácio.

1925 – Desmembramento do Município de Nova Granada, Potirendaba e Uchoa.

1926 – Fundação da Sociedade de Medicina e Cirurgia.

1929 – Desmembramento do Município de Cedral.

1929 – O Vigário, Pe. Joaquim Manoel Gonçalves, coordena a criação do Ginásio São Joaquim, futuro Ginásio Diocesano (atual Instituto Estadual de Educação Mons. Gonçalves).

1929 – Rio Preto torna-se sede de bispado. A Diocese de Rio Preto é criada, desmembrada da de São Carlos.

1929 – D. José Marcondes Homem de Mello instala a diocese de Rio Preto, lança a pedra fundamental do Palácio Episcopal na Boa Vista, e responde até a chegada do primeiro bispo na qualidade de Administrador Apostólico.

1931 – O primeiro bispo a tomar posse no recém criado bispado, entra em Rio Preto acompanhado de numerosa comitiva vinda pela composição especial da estrada de ferro. Tem início a magnífica festa de posse de Dom Lafayette Libânio, no dia 22 de janeiro de 1931 na matriz de São José com a participação de autoridades civis e religiosas e fiéis. Nomeação do Vigário Geral , Mons. Joaquim Manoel Gonçalves e do Chanceler, Mons. Bras Baffa.

1932 – Revolução Constitucionalista – dela participam centenas de voluntários da cidade e região.

1933 – O município se constitui dos distritos de Rio Preto, Borboleta (atual Bady Bassitt), Engenheiro Schmitt, Ipiguá, Itapirema (sede Monte Belo), Nova Aliança e Ribeirão Claro (atual Guapiaçú).

1933 – Criação da Paróquia da Boa Vista, dedicada à N. Sra da Conceição Aparecida.

1934 – Fundação da VASP, primeira linha aérea São Paulo-Rio Preto.

1935 – Criação, por Raul Silva, da Rádio Rio Preto, PRB-8.

1936-1937 – Rio Preto compõe-se dos mesmos distritos constantes da divisão administrativa de 1933, acrescido, porém, dos distritos de Boa Vista e Vila Mendonça.

1938 – Lei n.º 9.073, de 31 de marco, Rio Preto é formado pelos distritos de Rio Preto, Boa Vista; Borboleta, Engenheiro Schmitt, Ipiguá, Nova Aliança, Nova Itapirema (antiga Itapirema), Ribeirão Claro e Vila Mendonça

1938- Início das obras de construção do Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no bairro da Boa Vista, sob a liderança do franciscano Frei Paulo Luig, a pedido do bispo Dom Lafayette Libânio

1938 – No dia 21 de julho, Getúlio Vargas pronuncia seu discurso "Marcha para o Oeste" na Praça central de Rio Preto para numerosa platéia.

1938 – Mudanças urbanas significativas: início da verticalização com a inauguração do primeiro prédio de 5 andares, o Edifício Caramurú na praça Rui Barbosa (atual Edifício "Fauaz e Biasi"), do prédio do Cine Rio Preto (atual Praça Shopping) .

1938 – Construção da indústria SWIFT, para extração de óleo comestível, de grãos.

1938 – Decreto estadual n.º 9775, de 30 de novembro de 1938, para vigorar no quinquênio 1939-43. O município é composto dos distritos de Rio Preto, Borboleta, Engenheiro Schmitt, Ipiguá, Mendonça, Nova Aliança Nova Itapirema e Ribeirão Claro.

1940 - Extensão do Município: 1.690 kms2 e 74.359 habitantes

1940 – Realização do 1º Congresso Eucarístico de Rio Preto, com a participação de D. José Gaspar de Affonseca e Silva, Arcebispo Metropolitano de São Paulo., do Interventor Dr. Adhemar de Barros e milhares de fiéis.

1942 – Início das atividades da SWIFT para a extração de óleo comestível , dos grãos de milho, mamona, amendoim, gergelim....

1942 – Inaugurações:- Biblioteca Pública Municipal "Dr. Fernando Costa"; Segundo Grupo Escolar, na Boa Vista (atual "EEPSGËzequiel Ramos").

1944 – Festejos do Cinqüentenário da instalação do município:
Inaugurações: Seminário Diocesano, Mercado Municipal, Matadouro Municipal, novo prédio da Estação Ferroviária da EFA.

1944 – Por determinação de Lei n. 14334, de 30/11, a cidade retorna ao nome original – São José do Rio Preto., a partir de janeiro de 1945.

1944 – Decreto-lei estadual nº 14.334, de 30 de novembro, para vigorar no período de 45-48, o Município conta com dois subdistritos, Borboleta, Engenheiro Schmitt, Guapiaçú. Ipiguá e Talhados

1944 - Desmembramento do Município de Nova Aliança.

1946 – Fundação do América Futebol Clube.

1947 – Redemocratização do país e eleição para prefeito municipal de São José do Rio Preto, Dr. Cenobelino de Barros Serra, para o quatriênio 1948-

1949 – Realiza-se o IIº. Congresso Eucarístico Mariano Provincial de São .José do Rio Preto

1950 – Recenseamento de 1950 – população municipal :- 65.852, urbana: -36.942

1953 – Desmembramento do Município de Guapiaçú.

1955 – Inauguração da Estação de Tratamento de Água (Palácio das Águas), pelo Prefeito Dr. Philadelpho Gouveia Neto

1957 – Criação da Universidade Municipal de SJRP e instalação dos cursos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras.

1958 – Aprovação da Lei estadual de criação da Faculdade ESTADUAL de Filosofia, Ciências e Letras e conseqüente encampação da Faculdade municipal (Atual IBILCE_UNESP)

1958 – Desmembramento do Município de Bady Bassitt.

1956-59 – Administração do Prefeito Dr. Alberto Andaló. Plano diretor . Avenidas, reurbanização do centro, asfalto, construção da primeira creche municipal. "Monteiro Lobato", na praça d. José Marcondes.

1960 - População do Município 64.039 habitantes

1967 – Fundação Regional de Faculdades de Medicina FRESA/FUNFARME, que dá origem à FAMERP.

1968 – 70 – Instalação do Teatro Municipal e da Casa de Cultura.

1968 – No dia 6 de março, D. José de Aquino Pereira é nomeado segundo Bispo de Rio Preto, assumindo no dia 4 de agosto.

1970 – Extensão do município: 586 kms2 e 124.034 habitantes.
Expansão urbana. Planejamento de distritos industriais.

1973 – Início da construção do prédio da Catedral de São José do Rio Preto no local da antiga Matriz.

1979 – Morre D. Lafayette Libânio (1888-1979) bispo resignatário .

1979 - Criação e instalação do COMDEPHACT - Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico Artístico, Cultural e Turístico da Prefeitura de São José do Rio Preto

1980 – Inauguração do prédio do Centro Cultural Prof. Daud Jorge Simão. Multiplicação de bairros e distribuição de lotes populares.
1997 – Tomada de posse do terceiro Bispo Diocesano, Dom Orani João Tempesta , OCist.
1998 – Desmembramento do Município de Ipiguá. O município de São José do Rio Preto fica com a extensão de 433 kms2 e a população é de aproximadamente 400 mil habitantes.
2000 – Junho/2000-IIIº Congresso Eucarístico- Diocese de Rio Preto. A diocese passa a ter o nome de Diocese de São José do Rio Preto.
2003 (18/3)- Fundação do Instituto Histórico Geográfico Genealógico SJRP.
2005- Inauguração do "Marco Zero", no local em que a cidade teve origem.
2005 – 07 de dezembro – O Vaticano nomeia o 4º bispo diocesano, Dom Paulo Mendes Peixoto que deverá assumir em março de 2006.






CATEDRAL - Marco "Zero" da cidade



CATEDRAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

A Catedral da  Diocese de Rio Preto, dedicada a São José, padroeiro  de São José do Rio Preto (SP), está situada na  praça central da cidade.
Nesse local, foi construída uma pequena capela em 1852  e  fincado um cruzeiro de madeira, para marcar o propósito dos moradores de fazendas, sítios e chácaras dos arredores de dar início a um povoado que só começou a se desenvolver a partir de 1912 com a chegada da estrada de ferro araraquarense, ligando o município criado em 1894 à Capital do Estado de São Paulo.

A capela originária sofreu incêndio, foi reformada  e ampliada. Nela,  sacerdotes vindos a cavalo de Araraquara ou do Salto do Avanhandava, realizavam as cerimônias religiosas: missas, batizados, casamentos... Na ausência do padre, a população nela se reunindo para rezar terços e novenas, para   comemorar os santos de devoção e promover quermesses.     
Em 1912, a capela foi demolida para dar lugar à uma igreja matriz ampla, em formato de cruz, com torre ponteaguda. Sua construção foi feita ao longo de quase vinte anos.
Em 1929, foi criado o BISPADO de Rio Preto e Dom Lafayette Libânio mas seu primeiro bispo, só tomou posse em 1931. A partir de então a Diocese almejou construir uma Catedral. Um projeto foi aprovado em 1950. O povo esperava que um dia fosse concretizada a idéia.
Somente em 1973 o assunto foi enfrentado de frente. O bispo Dom José de Aquino Pereira determinou sua construção. Um novo projeto foi apresentado e  executado. No dia 19 de março de 1973, com a presença do arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, o segundo bispo diocesano, D. José de Aquino Pereira, 10 bispos , 50 sacerdotes, autoridades civis e militares e fiéis da diocese, foi lançada solenemente a pedra fundamental da nova Catedral.
A velha matriz foi demolida aos poucos, só depois de concluídas as alas da rua Voluntários de São Paulo (Ossuário) e da rua Bernardino de Campos, o prédio antigo foi demolido para a conclusão da nave principal, localizada no primeiro pavimento.
Um templo de linhas modernas, ocupa toda a praça central da cidade. Segue a nova concepção de abarcar, num mesmo local,  as atividades litúrgicas e as comunitárias da paróquia.  Em seu interior o espaço é organizado em salas de tamanho variável, tendo em vista permitir atividades diversas como catequese, reuniões, secretaria, salão de festas....
A decoração da nave central está em fase de conclusão. As paredes laterais são painéis coloridos onde estão representados os sacramentos, mandamentos e obras de caridade. O piso do altar- mor, é em granito.  Peças novas, modernas, como o Cristo crucificado, esculpido em madeira, harmonizam-se com a imagem primitiva de São José de botas encontrada na região, quando o arraial teve início. Trabalhos de Antônio Ferrante,  óleos sobre tela, pintadas na década de 40,  como o “São José de botas ” representado sobre a cidade, foi  colocado no centro da parede posterior ao altar-mor, e quadros da Via Sacra guardados no salão principal.
Na Catedral podemos apreciar os  painéis pintados pelo artista rio-pretense Antônio Hudson Buck, representando   a Lenda do Pássaro Azul, o padroeiro e a origem do  patrimônio .
Na cripta,  estão os trabalhos em  alto-relêvo de Miguelavo do Ceará:
“o Pescador” e o “Bom Pastor”,  bem como a escultura do artista plástico Manoel Martho.
E’ esta a nova Catedral de São José, marco zero da cidade de São José do Rio Preto, edificada no mesmo local da antiga Capela e ponto central de convergência e de irradiação das atividades religiosas de toda a Diocese.

Profª. Drª Nilce Lodi Membro do IHGG - SJRP



BASÍLICA MENOR de Nossa Sra. da Conceição Aparecida



(Diocese de São José do Rio Preto, São Paulo)

A Basílica, é um dos maiores monumentos de São José do Rio Preto (SP) e uma das principais obras arquitetônicas do interior paulista, sendo ainda um dos mais célebres e visitados santuários do cristianismo no Brasil.
A construção do templo foi decorrência de uma promessa feita pelo então bispo diocesano, D. Lafayette Libânio, por ocasião da intranqüilidade sociopolítica vivida pelo país em 1932. Inicialmente, foi criada a paróquia do bairro da Boa Vista e se construiu uma pequena capela provisória. Os franciscanos, em 1934, aceitaram a incumbência de construir o Santuário, e, em 1937, foi lançada a pedra fundamental.
O templo foi edificado em honra a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil, cuja imagem fora encontrada nas águas do rio Paraíba do Sul, em 1717, por pescadores. Com a participação e o empenho generoso de todos os devotos dos mais distantes lugarejos, fazendas, sítios e cidades da diocese, ele foi construído em poucos anos, e consagrado Santuário no dia 07 de setembro de 1943.
A Santa Sé elevou o Santuário a Basílica em 1954, sendo a sétima do Brasil, na época.
No seu conjunto, o edifício é majestoso. O prédio foi planejado com 50 m de comprimento por 20 m de largura e 12 m de altura, tendo 52 m de torre e 13 altares em mármore. Caracteriza-se por ser uma construção em estilo art-dèco, com base neo-românica com arcos plenos (meio círculo), três naves internas, sendo uma maior e central, e duas laterais formadas por fileiras de arcos e colunas internas. Possui, entretanto, particularidades interessantes, que não são comuns ao estilo neo-românico.
A Basílica hoje é um centro de bênçãos que se estende sobre a diocese, um local de oração e de meditação para todos, oferecendo oportunidade de viver plenamente a devoção a Maria Santíssima.

Texto de Nilce Lodi
Fotos de Carlos Moioli - 2002

Informações:
Praça D. Lafayette Libânio s/n
Cep. 15.025-125 - São José do Rio Preto (SP) – Brasil
Tel. (0xx17) 3231.2050 ou 3231.2464
Horário das Missas:
Dominical 7h, 10h, 18h , 20h
3ª, 5ª e 6ª feiras – 7h e 19:30h
4ª feira: 7h e 15h


SÃO JOSÉ DE BOTAS - Padroeiro da Cidade





A história de SÃO JOSÉ DO RIO PRETO está ligada de maneira muito profunda, a devoção  religiosa, em especial, dedicada a São José.
É bem provável que, as famílias que saíram de Minas Gerais em busca de terras férteis, onde pudessem viver com tranqüilidade, tenham trazido entre seus pertences, estampas, imagens e oratórios com os santos de sua devoção. Através deles foram introduzidos os primeiros santos na região dos sertões de Araraquara, uma região quase desconhecida mas uma das mais férteis e generosas do Estado de São Paulo.

Os Silveira, os Carvalho da Silva, os Ferreira, os Gonçalves de Souza, os Lemos, os Costa, os Seixas Ribeiro e muitos outros foram chegando e se instalando, formando sítios e fazendas ao longo  dos córregos dos Macacos, Canela, Borá, Piedade, Felicidade e do rio Preto. 
Gente simples, trabalhadora e temente a Deus, conservaram a fé cristã e  as tradicionais práticas de devoção da Igreja Católica: a reza do terço, as novenas... A  partir  de  1840 estabeleceram-se, construindo casas de pau-a-pique plantando roças de milho, mandioca, arroz, feijão, algodão..., criando animais domésticos: porcos, cavalos, bois, vacas, galinhas,... necessários à subsistência da família. Com o excedente compravam o que não  produziam,  como  o  sal  e  o  açúcar,  nos  centros  como  Araraquara  e  Jaboticabal à quilômetros (centenas) de distância.
Conta a tradição oral que LUIZ ANTÔNIO DA SILVEIRA, seu irmão Antônio e seu amigo Vicente Ferreira, certa ocasião, embrenharam-se na mata e se perderam.  Aflitos e sem meios para encontrar o caminho de casa, recorreram aos seus santos protetores: São José, Nossa Senhora do Carmo e São Vicente Ferrer, respectivamente.
De repente, sem saber de onde, surge um belo pássaro que se põe a voar ao redor dos três parecendo querer indicar-lhes algo.  Eles o seguiram e sem grandes esforços encontraram a trilha tão procurada. Estavam salvos.
Em cumprimento à promessa, os dois irmãos doaram, o primeiro, a São José, um trecho de terras compreendido entre os córregos Canela, Borá e o rio Preto; o segundo, as terras compreendidas entre os córregos Borá e Piedade e o rio Preto.

Os dois patrimônios eram contíguos e formaram um belo terreno, ideal para o início de uma povoação.
João Bernardino de Seixas Ribeiro, que em 1850 estabelecera-se no patrimônio de São José, construindo uma casa de pau-a-pique, tinha prestígio entre os demais moradores e reunidos no dia 19 de março de 1852, decidiram construir aí uma capela e um cruzeiro de madeira.
Assim começou o arraial ou povoado de São José do Rio Preto, bairro de Araraquara: ao redor da pequena capela dedicada a São José.
Muitas capelas iguais a esta serviram de núcleo aglutinador para o início de povoações como esta pelo Brasil a fora.      
O interesse religioso expresso pela fundação da Capela se justifica pois nela, grande número de pessoas moradoras das fazendas e sítios das redondezas, proprietários, empregados, escravos, índios e mamelucos encontravam o conforto espiritual
Na capela eram celebradas missas, uma vez por mês , pelo sacerdote vindo a cavalo da Capela Militar do Salto do Avanhandava. Eram realizados casamentos e batizados. Confessavam-se  e encomendavam a alma dos falecidos.
Nela, mesmo sem a presença do sacerdote, os caboclos se reuniam para rezas, ladainhas, cânticos, novenas e trezenas, conforme o uso conservado pelos habitantes da região.
Além  da  função  religiosa,  a  Capela  tinha  também  função   social.  Ao seu redor realizavam-se festejos, quermesses, leilões de prendas para atender às necessidades de sua própria manutenção , que exigia constantes reparos, reformas e ampliações.
Também cercada de lendas está a origem da imagem de SÃO JOSE DE BOTAS  venerada na Catedral.  Segundo contam, ela teria sido encontrada em uma choupana por João Bernardino de Seixas Ribeiro, quando aqui chegou em 1852. Outros porém, afirmam que a imagem pertencia à família de Vicente Ferreira Netto, fazendeiro radicado nas proximidades (hoje, Cedral) e que doaram-na para a Capela.
O que sabemos ao certo é que a imagem talhada em madeira e pintada  foi colocada no altar da Capela quando esta ficou pronta. De lá para cá sobreviveu a várias catástrofes como incêndios, tempestades, transferências e devoluções.
Contam também que um raio caiu sobre ela espatifando-a, mas o festeiro Prudêncio José Cardoso, residente na Fazenda Campos, conseguiu restaurá-la ainda em tempo de sair na procissão de 19 de março de 1896. E` Castro Paes que nos conta o fato em seu livro “A GRANDE SÃO JOSE DO RIO PRETO”, à pagina 15, que aqui transcrevemos:
“É que dias antes viera ter à sua fazenda um moço desconhecido de nome Alfredo Nunes que por desavenças abandonara a família e os estudos de Direito internando-se no sertão de Rio Preto.  Era um homem desiludido da vida, mas habilíssimo, inteligente, tinha ótima caligrafia e certa cultura.. Era mestre-escola dos caboclos, artífice e rábula. Foi assim incumbido de consertar a imagem de São José, embora duvidassem que o conseguisse. Ele, porém, reunindo, colando e reajustando pedaços do santo, com infinita paciência e habilidade, fez uma outra igual à destruída, perfeitamente sólida.”
Ao que consta, segundo Castro Paes, a imagem reconstruída por Nunes é a mesma que ainda se encontra na Catedral da cidade e onde os devotos a veneram diariamente.
A imagem de SÃO JOSÉ BOTAS  é feita de madeira, tem pouco mais de cinqüenta centímetros de altura. O santo carrega o Menino Jesus na mão esquerda e empunha na outra um cajado encimado por lírios.  As feições são primitivas e belas em sua austeridade.  Tem singular expressão fisionômica que caracteriza a sensibilidade do santeiro (artesão fabricante de santos) que a esculpiu.  Não se conhece o autor dessa peça, mas é provável que seja do início do século passado.
A procedência do São José de Botas aqui encontrada é desconhecida. Podemos supor que tenha sido trazida de Minas Gerais pois de lá vieram os pioneiros da região. O detalhe das botas è muito comum em figuras do século passado feitas por artesãos, santeiros e artistas mineiros.  As botas do bandeirante que conquista os sertões se incorporam às vestes dos santos cristãos através da visão de mundo que o artista tem.

Como Santo Padroeiro dos trabalhadores rurais e dos operários em geral, São José de botas tem presidido a vida da cidade em todas as ocasiões e tem sido sempre o seu grande intercessor. O homem  do campo sabe que se não chover até o seu dia, o ano não será bom para as plantações e colheitas; se  as chuvas forem constantes até o dia 19, haverá fartura e abundância. O povo conserva sua devoção ao santo padroeiro e confia em sua proteção. O mês de março è comemorado com novenas e o dia 19,  com procissão solene presidida pelo Bispo Diocesano acompanhado pelo clero., autoridades e fiéis.

Profª. Drª Nilce Lodi Membro do IHGG - SJRP



LENDA do Pássaro Azul


Painel "A lenda do pássaro azul"
Artista Plástico: Antonio Hudson Buck
Acervo: Catedral de São José do Rio Preto




Contavam os antigos moradores da Região, que nossa história começou com a vinda de homens corajosos que saíram da Vila de Nossa Senhora do Carmo dos Tocos, hoje Vila Paraguassú, em Minas Gerais.
Esses desbravadores procuravam terras brutas, nunca antes exploradas, para conquistá-las, na esperança de acumular riquezas e viver em tranqüilidade, isolados nas matas virgens cheias de mistérios e surpresas.
Contavam também que foi em 1845, que Luiz Antônio da Silveira pisou, pela primeira vez, o solo rio-pretense, trazendo cargueiros e escravos, juntamente com seu irmão Antônio Carvalho e Silva, e de seu amigo Vicente Ferreira Netto. Abriram vereda mato a dentro, desde Bebedouro do Turvo até as proximidade do local onde se ergue a cidade de São José do Rio Preto. Os recursos estavam acabando e a comitiva se deteve aí.
Os três amigos e aventureiros começaram a percorrer os arredores e foram se apossando das vertentes dos córregos que vão desaguar no Rio Preto, instalando então suas fazendas. Tomaram posse das vertentes do córrego Espraiado; da vertente ocidental do córrego “Borá”, e de todas as vertentes do córrego “Canela” e da margem oriental do córrego “Borá”.
Haviam conquistado terras boas para o cultivo com sobra de água para o gado e bom lugar para moradia. Mas, não estavam totalmente satisfeitos.  Queriam mais! Assim, resolveram, os três, levar suas explorações mais para o interior e completar suas posses no “Canela”.

Partiram num belo dia com esse arrojado propósito.
Depois de muito caminhar pela mata fechada, desnortearam-se e durante três dias a fio abriram picadas, sem encontrar o caminho de volta ao acampamento.
Exaustos, famintos e quase desesperados , rezaram a Deus com a mais ardente fé e contrição.  Invocaram seus santos padroeiros, fazendo-lhes a promessa de lhes doar um patrimônio nas terras que ocuparam, se viessem são e salvos, de tão dura aventura, para suas famílias.
Vicente Ferreira Netto  fez sua promessa a São Vicente Ferrer, Antônio Carvalho e Silva, à Nossa Senhora do Carmo, padroeira de Tocos, sua terra natal, e Luiz Antônio da Silveira a São José, santo de sua devoção.
Contavam os antigos, que nessa hora, quando ainda estavam ajoelhados, rezando com muito fervor, apareceu um belo pássaro azul que se pôs a voar aos redor dos três, indo e voltando até eles, como a indicar-lhes um caminho. Eles se levantaram e receosos, mas cheios de esperança, começaram a seguir o belo pássaro que voava e cantava sem parar.
Caminharam muito tempo pela mata fechada e quando alcançaram um lugar já conhecido, o maravilhoso pássaro azul desapareceu.
Estavam livres do perigo de uma morte certa. Voltaram para casa e cada um deles cuidou em cumprir a promessa que fizeram, como sinal de gratidão aos seus protetores.
Contavam ainda, que eles passaram escrituras doando porções das terras que possuíam, mas apenas as dos irmãos Luiz Antônio da Silveira e Antônio Carvalho e Silva foram encontradas. A escritura de doação das terras que Vicente Ferreira Netto possuía na margem direita do “Canela”, porém, desapareceu. As outras deram origem aos patrimônios de São José e de Nossa Senhora do Carmo, que correspondem ao centro de São José do Rio Preto e ao bairro da Boa Vista.
De maneira simples, fica aqui registrada a Lenda do Pássaro Azul que marca o começo do povoamento da Região de São José do Rio Preto. A magia e a imaginação cercam o fato que os antigos conservaram na memória e transmitiram aos seus descendentes. Cada narrador enriqueceu-a de detalhes e fantasias. Afinal, quem  conta um conto aumenta um ponto....
Profª. Drª Nilce Lodi Membro do IHGG - SJRP


HINOS - Autores e Letras



São José do Rio Preto , se comparada com outras cidades, é extremamente jovem. Sua origem remonta ao ano de 1852. Mesmo assim, tem história, tradições, costumes, símbolos.... que reunidos formam o seu patrimônio cultural e lhes dá elementos de identidade, unidade e coletividade. Esse patrimônio cultural cria, no cidadão rio-pretense, a consciência e o sentimento de fazer parte de um todo maior, que os transcende e do qual constituem elo importante na cadeia da criação, conservação e transmissão de idéias, ideais, valores e símbolos. Participar desse patrimônio favorece a conquista da cidadania.
Toda cidade tem símbolos oficiais: - bandeira, hino e brasão. Conhece-los é indispensável para quem deseja estar "por dentro", do patrimônio cultural da cidade.
São José do Rio Preto tem, oficialmente, três hinos : "Hino de São José do Rio Preto", " Pedacinho do Brasil", e "Marcha para o Oeste". Foram escolhidos pela Câmara Municipal em 1952, por ocasião das comemorações do primeiro centenário e amplamente utilizados em cerimônias cívico-religiosas-escolares e nos atos oficiais. . .
Atualmente o "Hino de São José do Rio Preto" é o mais executado pelos corais, Orquestra Sinfônica Municipal , pelas Bandas Musicais e pelos estudantes.
Vejamos algumas informações sobre os mesmos e sobre seus compositores.
Esses hinos foram declarados HINOS OFICIAIS da CIDADE pelas leis municipais nº 262, de 27 de novembro de 1952 e nº 335 de 5 de abril de 1954.
O COMDEPHACT _Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico _ em 1983, resgatou partituras e gravações antigas. A partir de então, desenvolveu um projeto de divulgação e incentivo d a execução dos mesmos, com A rede de Pré-escola Municipal, o 17º. Batalhão da Polícia Militar, a Orquestra Sinfônica e a Banda incluiu os dois hinos em seu repertório, executando-os sempre.
 

HINO
Maestro DEOCLECIANO RAMOS VIANNA, conhecido por "Vianinha", é o compositor da melodia do Hino de São José do Rio Pretotendo como parceiro, o poeta FERDINANDO GIOVINAZZO.
DEOCLECIANO RAMOS VIANNA, baiano de nascimento, alfaiate de profissão, músico talentoso da Orquestra Sinfônica de Rio Preto. Membro ativo da Associação dos Alfaiates de Rio Preto. Casado com d. Etelvina Ramos Vianna, fundadora e diretora do Conservatório Musical de Rio Preto, instituição de ensino musical de grande atuação e prestígio durante décadas, a partir dos anos 30, responsável pela formação musical de gerações sucessivas de rio-pretenses. Duas de suaas filhas: Dinon e Vivininha, são excelentes pianistas e professoras de música. Depois da morte da esposa, transferiu-se para Santos (SP) , onde faleceu.
FERDINANDO GIOVINAZZO, cognominado o "POETA de Rio Preto". Publicou três livros de versos: "Um sorriso de Deus..."- "Uma Ponte sobre a Névoa" e "Visita"; dois livros de literatura infantil: "A última história do Zé Papagaio" e "Caxingô, o mistério do Rio Turvo" e um livro de memórias: "Lembranças de um tempo", divulgado em 1997. Foi proprietário de uma das livrarias mais conceituadas da cidade e região, dotadas de acervo variado. Nela, reservou uma sala (nos fundos da loja) de encontro de professores universitários e secundaristas, filósofos, filólogos, advogados, poetas, médicos..Conviveu com artistas como Antônio Vargas, Antônio Portela, Manoel Martho, Claudio e Adelino Malagolli, entre outros... Conciliou admiravelmente suas atividades de homem do comércio e o interesse do espírito. Cultivou, as coisas do espírito.
Castro Paes o descreve como "elegante e gentil, não só com os colegas, como também com os clientes e confrades...Por outras palavras: ele tem os pés bem firmados no lodo vil da terra, mas, os olhos fitos nas estrelas, como Bilac, e o pensamento elevado, no céu infinito".
Em 1952 escreveu a letra do Hino a São José do Rio Preto:
Hino de São José do Rio Preto
Letra: FERDINANDO GIOVINAZZO
Música: DEOCLECIANO DE SOUZA VIANNA (Vianninha)




I
Das sementes da luta e trabalho
Brotam flores de puro ideal
E a cidade ao compasso do malho
Vai seguindo na marcha triunfal

CORO
São José do Rio Preto,
Tua marcha, tua fé,
Vão levando para a glória
O pendão de São José

II 
Ó viajor que de longe vieste
Para ver esta gente viril,
Vem conosco que vamos p'ro Oeste
Desbravar os sertões do Brasil

III 
Pela Pátria a marchar, que alegria
Todo um século vela por nós
É tão grande o fervor que nos guia
Que o Brasil há de ouvir nossa voz



HINO PEDACINHO DO BRASIL
PEDACINHO DO BRASIL" é também Hino oficial do município. O autor, maestro PROFESSOR FRANCISCO LAROZA SOBRINHO, nasceu em São Paulo, no dia 8 de março de 1905, era descendente de famílias tradicionais paulistanas de artistas e cantores: os Pescuma e os Capobianco. Veio para Rio Preto no ano de 1946, casou-se com Rosina Tambury, filha de Alexandre Tambury e de dona Maria Agrélli Tambury. Lecionou violão para muitos rio-pretenses, entre eles, Arlete Bonfá, Rasteli, Mariazinha Germano, Tarcisio de Carvalho, Nenê Homsi, Domingos Correa da Silva e outros mais. Faleceu no dia 11 de fevereiro de 1968, em São José do Rio Preto, onde está enterrado. Não deixou descendentes diretos.
"Pedacinho do Brasil" , marcha de Francisco Larosa Sobrinho, dedicada ao Bispo Auxiliar da cidade D. José Joaquim Gonçalves,, seu amigo particular, em 1952. O arranjo para piano foi preparado pelo maestro Eduardo Dhomen. A música, muito divulgada através das emissoras locais, foi cantada pela primeira vez na Rádio Rio Preto PRB-8 por João Mangini, concunhado do autor, advogado e vereador.
Maestro Laroza foi membro atuante e benquisto, soube expressar através de seu violão o crescimento e a grandeza conquistados pelos rio-pretenses:
Pedacinho do Brasil 
MARCHA
 HOMENAGEM AO PRIMEIRO CENTENÁRIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Letra e música do Prof. FRANCISCO LAROZA SOBRINHO
Arranjo para piano do Maestro EDUARDO DHOMEN
À D. José Gonçalves, dedica o autor.


Festejando o teu primeiro Centenário
Nós queremos com amor
Aumentar teu precioso relicário
Tua grandeza, teu valor

És o esteio desta estrada, és a bonança
És a força imperiosa que a conduz
Teu progresso vitorioso
Inabalável sempre avança

Pedacinho do Brasil tu és a luz
Salve São José do Rio Preto
Cidade encantadora
Cidade divinal
Salve São José do Rio Preto
Fonte rica, promissora
Terra fértil colossal

Salve tua marcha gloriosa
Imponente majestosa
Conquistando sempre além,
Salve São José terra adorável
e seu povo admirável
Salve, salve também


MARCHA PARA OESTE
"MARCHA PARA O OESTE", é o terceiro hino da cidade de São José do Rio Preto (SP). Seu autor (letra e música) de Antônio Pepaiani de Pádua é pouco conhecido. Poeta e dentista. Para alguns, natural de São Sebastião do Paraíso (MG), para outros, de Olímpia (SP). Faleceu em São Paulo em 1995.
Marcha para o Oeste
Música e Letra de Antônio Pepaiani de Pádua

Promete a terra virgem
Ao braço varonil
Futuro glorioso
Aos filhos do Brasil

Brasil abençoado
Brasil dos brasileiros
São forças gigantes
Que se batem triunfantes
Rumo ao solo altaneiro

E todos vão a cantar
Buscando louros
E mil tesouros
No chão febril
Sonho de amor
Bem bandeirante
Pelo Oeste do Brasil

Profª. Drª Nilce Lodi Membro do IHGG - SJRP



CURIOSIDADES SOBRE RIO PRETO

  • Em 31 de dezembro de 1911, foi criada a Liga Operária Internacional de São José do Rio Preto. Os líderes eram Paulo Bongiorno, José Palma e Jerônymo Dumas, de caráter essencialmente socialista. Foram formados dois conselhos: Administrativo, composto por Carlos Maurício do Amaral, Carmine Laurito, Ernesto Volpe, Frederico Bocchi, Jerônimo Dantas, José Guide e Virgílio Bonvino; o Conselho de contas era formado por Ricardo Baraldi, Joaquim Luppi e José Alves Sobrinho. A festa foi animada pela banda Lira Rio-pretense. Era o despertar dos operários e foi regada com o ‘espoucar de abundante cerveja’. Em 1915 foi inaugurada a fábrica de cerveja ‘Silvia’, por João Lisboa; em 1911, Benedito Magro lançou a ‘Cerveja Boa Vista’ e Frederico Bocchi fabricava a ‘Cerveja Estrela’. Vinham de São Paulo as cervejas ‘ Cabeça de Porco e a cerveja Antártica ou Guiness.


  • Fonte: Almanaque da História de São José do Rio preto, número 16, de Lelé Arantes-Jornal Bom Dia.


  • Um Studebaker 1917, chegou de trem a Rio Preto, em 1919 e foi o primeiro automóvel da cidade e seu proprietário era o comerciante Nagib Gabriel. No ano seguinte, automóveis,charretes e carros de boi tomavam as ruas da cidade.
A primeira instituição sem caráter governamental a surgir em Rio Preto foi a Loja Maçônica Avanhandava, fundada em 1º de abril de 1897 por Pedro Amaral e Ezequiel Guimarães Corrêa. Em 02 de fevereiro de 1899 foi fundada a Loja Maçônica Cosmos, liderada pelo coronel Adolpho Guimarães Correa.
O primeiro time de futebol foi o Clube Athletico Sportivo, fundado em 8 de abril de 1906. Logo surgiram o Rio Preto Foot-ball Clube, em 1908, o Sport Club 7 de setembro, em 1909, o Internacional FC e o Athelitico FC em 1915; o voluntários da Pátria FC, o Riopretense FC e o Brazil FC em 1918, e só em 1919 foi fundado o Rio Preto EC. Que existe ainda hoje.
Na área musical, nasceram nesta época as bandas musicais Lyra Rio-pretense e a Sociedade 17 de julho; na área teatral, a Associação Teatral Rio-pretense e na área operária a Liga Operária Internacional e o Independente Clube.
Em 6 de outubro de 1923 os negros fundaram em Rio Preto a Sociedade Homens de Cor, também conhecida como União Faz a Força.
A Acirp era chamada até 5 de janeiro de 1970 de Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Rio Preto (Acia). Um dos fundadores da então Acia foi o advogado Benedicto Costa Neto
Fonte: Almanaque da História de São José do Rio preto, número 17, de Lelé Arantes-Jornal Bom Dia.
Os imigrantes árabes chegaram a Rio Preto por volta de 1890, atuando como mascates e vindos do Líbano e da Síria. A expressiva presença acabou levando o presidente da Câmara, Pedro Amaral, em 1898, a reclamar ao governo estadual contra a presença de tais comerciantes que eram chamados de ‘turcos’, e isto porque seus passaportes eram expedidos pelo governo da Turquia. Os comerciantes locais pressionavam os políticos contra os ‘invasores turcos’, chegando-se a criar leis severas buscando coibir a presença de ‘mascates’ no município e até do uso da língua árabe em público. Com a chegada ao poder do coronel Adolpho Guimarães Correa a situação começou a mudar e a colônia árabe assumiu importante papel no desenvolvimento de Rio Preto.
O primeiro árabe a ocupar uma posição de destaque na política riopretense foi o libanês José Scaff, assumindo o cargo de vereador, como suplente, na vaga de Gilberto Lex entre 15 de janeiro a 29 de junho de 1912. Em 1948, Bady Bassitt, José Jorge Júnior, Waldomiro Nafhah e José Felício Miziara assumem importantes cargos na política. Bassitt foi eleito deputado estadual em 1951.
Fonte: Almanaque da História de São José do Rio preto, número 19, de Lelé Arantes-Jornal Bom Dia
Os espanhóis e portugueses chegaram à região no final da década do século 19. No início do século 20 já se registram vários atacadistas portugueses na cidade, suprindo o comércio varejista, não só de Rio Preto como da região. De 1882 a 1920 cerca de duas dezenas de núcleos urbanos originaram Catanduva, Mirassol, Tanabi, Cedral, Nova Granada, Bálsamo, José Bonifácio, Ibirá, Uchôa, Potirendaba, Monte Aprazível, Itapirema, São Gerônimo, Avanhandava, Guapiaçu e Bady Bassitt. Destacam-se como redutos espanhóis Bálsamo e Nova Granada.  Em 1952 foi criada a Sociedade Portuguesa de Beneficência para a construção do Hospital Infante Dom Henrique (Beneficência Portuguesa, inaugurado em 11 de abril de 1958) e mais tarde, em 1976, a Fundação Casa de Portugal. Grandes nomes das colônias espanhola e portuguesa ajudaram a construir São José do Rio Preto.
Fonte: Almanaque da História de São José do Rio preto, número 20, de Lelé Arantes-Jornal Bom Dia
No  final do século 10 e início do século 20, S.J.R.Preto começa a receber imigrantes de várias partes do mundo, além da Itália, Espanha, Portugal, Líbano e Síria. Chegavam por aqui os alemães, judeus, eslavos e armênios. Os japoneses se instalaram na região entre 1912 e 1916.  Estrangeiros e não conhecendo a língua, enfrentavam todos eles sérios problemas com relação ao dinheiro, a trabalho e o que era pior, eram vítimas de espertalhões que infestavam a região enganando os imigrantes e grilando-lhes as terras. A cidade se tornou famosa negativamente no início do século 20 em razão destes fatos, tornando-se o paraíso de advogados sem escrúpulos que fizeram fortuna defendendo grileiros e posseiros.. Famílias inteiras foram assassinadas e enterradas em cemitérios clandestinos por jagunços sob ordens de poderosos coronéis que dominavam a região.
Os armênios fundaram em 1952 a Sociedade Esportiva Armênia (SEA), comandada por Arsen Kurdojlian. Várias famílias armênias se destacaram e prosperaram, colaborando de forma intensa no progresso de nossa cidade. Os japoneses, em 1949, fundaram que atendia 260 famílias radicadas no município. O primeiro professor foi Koiti Tanaka. Chegavam também os chineses da China Continental, de Taiwan e da Coréia do Sul.
Fonte: Almanaque da História de São José do Rio preto, número 21, de Lelé Arantes-Jornal Bom Dia
Os negros se fizeram presentes na região vindo da região de Minas Gerais, acompanhando famílias que se espalharam por toda a região, assumindo as terras devolutas do Estado. O recenseamento realizado pelo Império em 1872 aponta que Rio Preto tinha 2.639 “fogos” distribuídos em 207 grupos que davam uma média de 13 pessoas por domicílio. Destes, 286 eram negros e 475 pardos. Eram registrados 209 escravos, sendo 69 homens negros e 36 pardos e 71 mulheres negras e 33 pardas.  Nem todos, porem, eram escravos, sendo certo que 356 pardos e 146 negros eram livres. No mesmo censo se registrou que negros, pardos e caboclos formavam 60,46% da população e destes, 1648 eram brancos, 425 pardos, 286 negros e 180 caboclos. O censo informava que em 1872, 10,84% da população rio-pretense era escrava.
Em 1929, José Evangelista dos Santos, alcunhado Zé Pretinho, criou um bloco carnavalesco denominado Cruzeiro do Sul, iniciando-se, desta forma, o carnaval de rua rio-pretense. Os negros destacaram-se, também, no futebol e na música regional, com destaques para Paulo Moura, um dos maiores expoentes da música brasileira  no cenário
Internacional. No teatro grandes nomes se tornaram estrelas, da mesma forma como em outras áreas do conhecimento humano, inclusive, na política local e regional.
Fonte: Almanaque da História de São José do Rio preto, número 23, de Lelé Arantes. Jornal Bom Dia.
No dia 22 de maio de 1902, por iniciativa do coronel Adolpho Guimarães Correa, foi proposta a criação de uma revista que recebeu o nome de “Cosmos”, em razão de ser iniciativa estimulada pela Loja Maçônica Cosmos. Ele foi seu primeiro redator e editor. A primeira edição da revista ficou montada em novembro e ficou a cargo da Tipografia Popular, de Arnaldo Carnavali & Cia, de São Paulo. Não foi possível imprimir a revista na data prevista que acabou saindo em janeiro de 1902. Foram impressos 400 exemplares a um custo de 80 mil réis, adicionando-se a despesa de mais quatro e oitocentos réis de despacho ferroviário e um mil réis de despesa do carregador. São José do rio preto tinha, naquele tempo, pouco mais de cinco mil habitantes.
O que pretendia Adolpho Guimarães Correa era ‘cacifar’ seu nome politicamente com vistas à instalação da comarca de São José do Rio Preto. Em 1903 compra uma tipografia e funda o jornal “ O Porvir”, o primeiro da cidade, sob a responsabilidade do tipógrafo Cincinato Homem, jovem de apenas 24 anos.  O jornal circulou em 12 de julho de 1903, medindo 21x31 centímetros, custando sua assinatura anual 12 mil réis e a semestral 6 mil réis na vila. Se tivesse de enviar para outro local, o preço era de 14 e 8 mil réis. O jornal era diverso e continha, inclusive, cutucadas políticas partidas do coronel Adolpho contra seus opositores. Por este jornal, grande parte da história política, administrativa e social da época ficou registrada, constituindo-se numa forte fonte histórica. Adolpho Guimarães Correa governou Rio Preto com mãos de ferro de 1902 a 1014. Como presidente da Câmara, propôs a mudança do nome do distrito de Jatai( Tanabi) para Tanaby, com projeto de lei aprovado pela Assembléia Paulista.
O Coronel Adolpho sabia, como ninguém, que as oportunidades políticas estavam abertas em rio Preto. O cavalo estava arriado, esperando alguém montar. E ele montou.
Em 1º de janeiro de 1907, o agrimensor, José Portugal Freixo, fundou o jornal “ O Rio preto “, juntamente com Castorino leite do Amaral e Galdino do Amaral Salles.  Em 16 de agosto de 1911, foi fundado “ O Poder Moderador”, por Manuel Francisco de Brito e Belmiro José Gomes.  Os três jornais tinham circulação dominical. Em 24 de fevereiro de 1912, o jornal “Poder Moderador” passou a ser chamado de “A Cidade”. Os jornais “O rio Preto” teve vida curta e “O Poder Moderador/ A Cidade” e “ O Porvir” funcionaram até a década de 20. No dia 26 de março de 1922, foi lançado o jornal “diário de Rio Preto”, por Alfredo Luiz de Freitas Pimentel, sendo um jornal corajoso, independente e que defendia os interesses do povo, sendo invadido pela força militar e destruídas as máquinas, incendiado o prédio e espancadas as pessoas presentes.
Muitas foram as tentativas de se criar uma revista em Rio Preto, praticamente todas com efêmera duração.
Fonte: Almanaque da História de São José do Rio preto, número 23, de Lelé Arantes. Jornal Bom Dia.
Rio Preto era um imenso território. Em 1924 foram emancipados quatro de seus distritos:  Potirendaba era comandado pelo médico Baldomero Seabra; Mirassol pelo coronel Victor Cândido de Souza, Militão Alves Monteiro por Tanabi e por Uchôa Manoel Reverendo Vidal, todos vereadores junto da Câmara de Rio Preto e aspirantes ao cargo de prefeito em cada comunidade que se separava do município-mãe. Depois se separaram Monte Aprazível e  Nova Granada.  Para complicar mais o quadro político, era prefeito de São José do Rio Preto o coronel Victor Cândido de Souza, que residia em Mirassol era prefeito de Rio Preto. O Prefeito era chamado intendente e tinha um ano apenas de mandato, mas, no cargo maior era fácil puxar a sardinha para seu lado. Mirassol era chamado na época de São Pedro da Mata Una.
A elite rio-pretense era dominada pelo PRP – Partido Republicano Paulista, sendo favorável às forças legalistas do Presidente Arthur Bernardes na Revolução de 1932. O Prefeito Victor Cândido de Souza apoiou a repressão e tornou-se inimigo dos revolucionários, combatendo-os com toda força possível, inclusive com recursos dos cofres municipais. As famílias de Pimentel e do gráfico Antonio Muffa, mal tiveram tempo de fugir da cidade.
Em março de 1923, foi aprovado projeto de lei pela Câmara, de autoria do vereador Ângelo Joaquim Costa, criando a Feira Livre de São José do rio preto. O Prefeito José Amâncio de Faria Motta sancionou no projeto. O sucesso da feira acabou por provocar a ira da Associação Comercial e dos açougueiros, unindo-se numa grande disputa entre os feirantes e os demais comerciantes, que reclamavam da concorrência desleal. O quebra-braço político foi vencido pelos feirantes.
Em 15 de maio de 1924, o Tribunal de Justiça devolveu à senhora Avelina Diniz, neta do fundador João Bernardino de Seixas Ribeiro, a Fazenda dos Macacos, ocupada por várias famílias de posseiros e vendidas em pedaços por grileiros. A força Pública, com 25 homens, promoveu a reintegração e iniciou o despejo dos posseiros. Depois da luta, e no final do ‘ fritar dos ovos ‘, dona Avelina Diniz recebeu apenas 600 dos três mil alqueires iniciais.
Fonte: Almanaque da História de São José do Rio preto, número 25, de Lelé Arantes. Jornal Bom Dia.
A Revolução de 1930, comandada por Getúlio Vargas, repercutiu intensamente em toda a região de São José do rio preto. Era o fim do coronelismo político, onde ‘coronéis’ mandavam e desmandavam como queriam. O Prefeito Cenobelino de Barros Serra era herdeiro direto do sistema coronelista e era favorável à política do presidente Washington Luís
O sistema coronelista se valia de nomeação de oficiais da Guarda Nacional, criada em 18 de agosto de 1831 como auxiliar do exército imperial. Conferia poderes aos latifundiários e servia como instrumento de repressão contra as outras classes sociais. Vendia-se patentes militares e em cada grupo comunitário havia um ‘coronel’. Depois vinham as demais patentes menores como capitão, major,etc. Este sistema perdeu força com a queda do Império no início do século 20 e extinta em 1918. O ‘coronel’ enfeixava todo o poder político e social da comunidade e nalguns casos, de toda uma região. O poder maior estava com o Partido Republicano Paulista, o poderoso PRP. Era costume e natural, que os ‘coronéis’ viajassem à capital para as eleições do Presidente da República ou indicassem pessoas para tal missão, de sua inteira e exclusiva confiança.
Fonte: Almanaque da História de São José do Rio preto, número 27, de Lelé Arantes. Jornal Bom Dia.
Coube ao prefeito Cenobelino de Barros Serra organizar a Coluna Legalista para defender Washington Luiz em Rio Preto. A mobilização governista esteve de prontidão por vários dias para uma batalha que não houve. A tensão persistiu durante todo o mês de outubro de 1930. De um lado os partidários de Cenobelino e de outro, alguns cidadãos que prometiam iniciar um novo ciclo na política rio-pretense.  Em 27 de outubro Washington Luís renuncia. Getúlio assume e dissolve os legislativos, decretando o fim da “República Velha”. Caem prefeitos e vereadores e tudo é entregue ao delegado regional de polícia, Arthur de Sales Pacheco, representante do governo revolucionário, que nomeou uma Junta governativa Provisória e nomeou um interventor, o cidadão Aureliano Mendonça, o dia 30 de outubro.No dia 10 de dezembro chega à cidade o representante do Governo Revolucionário, tenente Jurandyr Magalhães, para a indicação de nomes para os cargos de prefeito da região. Para Rio preto, foi indicado João Augusto de Pádua Fleury, substituído depois pelo delegado Eduardo Nielsen.
Fonte: Almanaque da História de São José do Rio preto, número 28, de Lelé Arantes. Jornal Bom Dia.
A legislatura 1929-1931 – Câmara Municipal de Rio Preto – só reelegeu Victor Brito Bastos e Cenobelino de Barros Serra. O primeiro assumiu a presidência da Câmara e o segundo a Prefeitura. Interessante é que, em 1938, no dia 21 de julho, Getúlio Vargas visita Rio Preto, juntamente com o interventor Adhemar Pereira de Barros e é recebido, dentre outros, por Cenobelino de Barros Serra, primo de Adhemar.
Em 1928 rio Preto registrava 51.260 habitantes, sendo 22.700 na zona urnbana e 5.100 na zona rural. Os demais residiam nos distritos, sendo 5.135 em Nova aliança, 5.000 em Cedral, 4.300 em Ribeirão Claro,depois Guapiaçu, 3.750 em Engenheiro Shimidt, 2.200 em Ipigá, 1.850 em Monte Belo e 1.225 em Borboleta, depois Bady Bassitt. O comércio registrava 512 estabelecimentos de ramos diversos, 35 máquinas de beneficiar arroz e café 10 oficinas mecânicas e 7 serrarias. Havia várias pequenas fábricas de bebidas, licores, xaropes, gelo, laticínios, salames e presuntos. Eram 4 agências bancárias e 16 hotéis. Os imóveis urbanos eram 3.500.
O primeiro semestre de 1928 registrou dois prefeitos em são José do Rio Preto: Victor Brito Bastos e Alceu de Assis. A luta política perdurou até o meio do ano quando o Tribunal de Justiça reconheceu como prefeito o senhor Victor Brito Bastos, que pertencia ao PRP.  Alceu de Assis, que pertencia ao partido Republicano Municipal – PRM - voltou à condição de vereador. O pernambucano Victor Brito Bastos foi prefeito cinco vezes e vereador por sete legislaturas. Era casado com Generosa Siqueira Brito Bastos
Fonte: Almanaque da História de São José do Rio preto, número 29, de Lelé Arantes. Jornal Bom Dia.
Jornais e revistas em Rio Preto na esteira do tempo: Cosmos, O Porvir, O rio Preto, O Poder Moderador, A cidade, O Semeador, A Ordem, O rio Preto, Diário de Rio Preto, A Semana, Norte Paulista, A Phalena, O Jornal, O Quarto Poder, Rio Preto Jornal, O Commercio, A Época, Diário da Araraquarense, Oeste Paulista, A Folha, Riopretana, A Sertaneja, O Estado de São Paulo, Diário da Araraquarense, Almanaque Paulista, Correio dos Esportes, O Falcão, Jornal do Povo, diário da Região, O Riopretense, Riopretana, O Turuna, Correio da Araraquarense, Diário da Tarde, Rio Preto em Revista, Jornal da Araraquarense, Rio Preto Chic, Folha de Rio preto, dia e Noite, Primeira Edição, A voz do Povo, Participação, Sete dias, Tribuna, Folha dos Municípios, The Journal, Jornal dos Bairros, A Tribuna Regional, A voz do Espírito, Novo Jornal, Gazeta do Noroeste, O Grande Eldorado, Diocese Hoje, Jornal & Negócios, Rio Preto News, Intervip, Terceira Hora, dia e Noite, domínios, Maxxi Magazine, Seven Nigths, The End. DHoje  Interior, Vida & Arte, Bom Dia.
Fonte: Quem faz História em São José do Rio Preto – Lelé Arantes.
Rádio e TV em Rio Preto:  Rádio Rio Preto – PRB-8, Rádio Anchieta, Rádio Brasil Novo, Rádio Centro-América, Rádio Cidade, Rádio difusora, Rádio Estéreo-Show, Rádio Independência – M e FM, Rádio Líder, Rádio Melodia, Rádio Onda Nova, TV Rio preto Canal 8, TV Record, TV Globo Noroeste Paulista, TV Interior(TVI), Redevida, RV da Cidade( Canal 16), TV Progresso, TVTEM.
Fonte: Quem faz História em São José do Rio Preto – Lelé Arantes.
Luiz Carlos Prestes, líder comunista, esteve em Rio Preto no dia 23 de dezembro de 1946, fazendo comício do PCB, em palanque montado na Praça Rui Barbosa. Com o golpe militar de 1964, a Faculdade de Filosofia, hoje Unesp, foi considerada ‘ celeiro de comunistas’.  Foram presas mais de 300 pessoas acusadas de atividades subversivas. Mais de 10 professores da Faculdade foram expulsos ou remanejados. No dia 4 de abril de 1964 foram cassados os mandados dos vereadores Armando Casseb, Benedito Rodrigues Lisboa e José Eduardo do Espírito Santo sob acusação de serem comunistas confessos. A votação, pela Câmara, foi unânime.  Em 1984 e 1985 o comunista Antonio Roberto de Vasconcelos reorganizou o Partido Comunista Brasileiro na cidade, organizando, em 1986, o diretório Municipal. Em 1995 foi organizado o PCdoB, presidido por Gibran Balesques Costa.
Fonte: Quem faz História em São José do Rio Preto – Lelé Arantes.
O Facismo também esteve presente em Rio Preto, sendo um de seus primeiros representantes o italiano Romoaldo Negrelli, fundando em 24 de maio de 1924 a Sociedade Italiana Cesare Battisti
Fonte: Quem faz História em São José do Rio Preto – Lelé Arantes.
O primeiro comboio da Estrada de Ferro Araraquarense chegou a Rio preto no dia 21 de janeiro de 1912. A inauguração, porém, só aconteceu oficialmente no dia 9 de junho de 1912, com a construção da estação. Animou a festa a Lira Riopretense. Logo em seguida foi oferecido aos presentes um banquete, sob a coordenação do prefeito Adolpho Guimarães Correa, estando presentes o fundador da Estrada de Ferro Araraquarense, Carlos Magalhães e o presidente da EFA Álvaro de Menezes, bem como o Secretário da Agricultura, Januário dos Santos Nova. Em 1972, a EFA passou a ser chamada de Ferrovia Paulista S/A – FEPASA. Hoje foi privatizada e se denomina Ferroban.
Fonte: Quem faz História em São José do Rio Preto – Lelé Arantes.
No dia 15 de setembro de 1898 foi autorizado o primeiro serviço funerário pela Câmara Municipal. A concessão foi outorgada por dez anos a Antonio Caetano Fraga. Só em 16 de março de 1925 é que o assunto é tratado novamente pela Câmara. Os serviços funerários atuais são de responsabilidade das  empresas Serviço de Luto Perpétuo Socorro e Serviço Social de Luto.
Fonte: Quem faz História em São José do Rio Preto – Lelé Arantes.
A iluminação pública chegou a São José do Rio Preto no dia 16 de dezembro de 1895. Era feita por 4 lampiões doados por Pedro Amaral. Depois foram doados mais dois, um por Benedicto Tavares da Silva Lisboa e outro por José de Assis Pereira e Silva.
O primeiro serviço telefônico de São José do Rio preto foi inaugurado no dia 28 de dezembro de 1908 pelo concessionário Manuel Rodrigues de Carvalho, autorizado pela Lei Municipal nº 77. O serviço inicial tinha 15 assinantes.

ESTATÍSTICAS DE RIO PRETO 
Fonte: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=354980#


  • Infográficos Cidades@

    São José do Rio Preto - SP

    Dados Básicos

    PopulaçãoÁreaBioma
    408.258 hab.431 km2Cerrado e Mata Atlântica

    Localização da Sede

    População

    > Evolução Populacional

    São José do Rio Preto

    • 1991283.761
    • 1996324.492
    • 2000358.523
    • 2007402.770
    São Paulo
    Brasil

    > Pirâmide Etária

    São José do Rio Preto

    São Paulo
    Brasil
    HOMENSMULHERES
    0 a 412.70612.289
    5 a 913.76713.222
    10 a 1415.38414.741
    15 a 1916.72616.672
    20 a 2416.63816.855
    25 a 2914.76215.480
    30 a 3414.10315.338
    35 a 3914.36815.670
    40 a 4412.64414.297
    45 a 4910.46011.730
    50 a 548.2449.629
    55 a 596.9617.670
    60 a 645.6656.706
    65 a 694.2285.178
    70 a 743.3194.379
    75 a 791.9852.633
    80 a 849261.455
    85 a 89429818
    90 a 94126189
    95 a 993659
    100 ...--

    Outros Temas

    > Casamentos

    São José do Rio Preto

    • Casamentos2.490
    • Separações502
    • Divórcios464
    São Paulo
    • 246.792
    • 32.276
    • 38.515
    Brasil
    • 935.116
    • 83.185
    • 136.784

    > Docentes por série

    São José do Rio Preto

    • 60.4%
    • 12%
    • 27.6%
    • Fundamental2.217
    • Pré-escola440
    • Médio1.015
    São Paulo
    • 62.5%
    • 25.5%
    • 12%
    Brasil
    • 66.5%
    • 22.1%
    • 11.5%

    > Números de escolas por série

    São José do Rio Preto

    • 41.2%
    • 42.9%
    • 15.9%
    • Fundamental142
    • Pré-escola148
    • Médio55
    São Paulo
    • 44.9%
    • 17.7%
    • 37.4%
    Brasil
    • 53.5%
    • 9.1%
    • 37.4%

    > Matrículas por série

    São José do Rio Preto

    • 66.9%
    • 11.4%
    • 21.7%
    • Fundamental48.657
    • Pré-escola8.259
    • Médio15.776
    São Paulo
    • 68%
    • 19.7%
    • 12.3%
    Brasil
    • 79.2%
    • 20.8%
    • 0%

    > Estabelecimentos de saúde

    São José do Rio Preto

    • 0%
    • 0%
    • 21%
    • 79%
    • Federais0
    • Estaduais0
    • Municipais33
    • Privados124
    São Paulo
    • 0.2%
    • 1.3%
    • 39.7%
    • 58.8%
    Brasil
    • 1%
    • 1.4%
    • 52.9%
    • 44.7%

    > Frota municipal de veículos

    São José do Rio Preto

    • 60.4%
    • 2.8%
    • 0.5%
    • 6.8%
    • 0.2%
    • 25.1%
    • 3.6%
    • 0.5%
    • 0%
    • Automóveis148.960
    • Caminhões6.958
    • Caminhões-trator1.326
    • Caminhonetes16.787
    • Micro-ônibus508
    • Motocicletas61.836
    • Motonetas8.915
    • Ônibus1.206
    • Tratores18
    São Paulo
    • 69.5%
    • 3.1%
    • 0.5%
    • 6.1%
    • 0.5%
    • 16.9%
    • 2.7%
    • 0.7%
    • 0%
    Brasil
    • 61.6%
    • 3.6%
    • 0.7%
    • 6.8%
    • 0.4%
    • 22.1%
    • 3.9%
    • 0.8%
    • 0%

    > Morbidade hospitalar

    São José do Rio Preto

    • 55%
    • 45%
    • Homens1.370
    • Mulheres1.122
    São Paulo
    • 55.4%
    • 44.6%
    Brasil
    • 54.9%
    • 45.1%

    Economia

    > Despesas e Receitas orçamentárias

    São José do Rio Preto

    • 54.9%
    • 45.1%
    • Receitas629.496.998
    • Despesas516.476.313
    São Paulo
    • 54.6%
    • 45.4%
    Brasil
    • 54.9%
    • 45.1%

    > Produto Interno Bruto (Valor Adicionado)

    São José do Rio Preto

    • Agropecuária17.247
    • Indústria942.684
    • Serviços5.247.106
    São Paulo
    • 11.265.005
    • 193.980.716
    • 406.723.721
    Brasil
    • 105.163.000
    • 539.315.998
    • 1.197.774.001


    Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.