*Artigo publicado no jornal Diário da Região, de 17.03.2016, coluna Artigo - pg. 2
por Antonio Caprio
por Antonio Caprio
Presidente do IHGG
Bandeira de São José do Rio Preto/SP |
João Bernardino de Seixas Ribeiro nasceu em Ouro Preto em 1807. Era filho de Bernardino de Seixas e de dona Generosa Mendes Ribeiro. Era casado com dona Mariana Ignácia Ferreira. O casal teve 4 filhos, Bernardino Canuto de Seixas, José Bernardino de Seixas Sobrinho, Joaquim Marian de Seixas Ribeiro e Luiza Mariana Seixas Ribeiro. É considerado fundador da cidade apesar de contestações várias relacionadas a Luiz Antonio da Silveira e sua mulher Teresa de Jesus que registraram escritura de doação de terreno onde seria Rio Preto registrada em São Bento de Araraquara no dia 19 de março de 1852. A dação foi em louvor à N.S.do Carmo. João Bernardino de Seixas Ribeiro estava presente ao ato. No álbum da comarca de Rio Preto, de Abilio Abrunhosa Cavalheiro e Paulo Laurito (1927-1929), consta na página 97 que isto não é correto, visto que o verdadeiro doador foi o senhor Antonio de Carvalho e Silva e em favor de São José, embora sobre este ato não se tenha conseguido prova documental. Defende esta tese o ilustre historiador e homem das letras Dr. F.Oiticica Lins.
Correu o tempo e a história fixou João Bernardino de Seixas Ribeiro como o fundador, sem se esquecer da parte relativa ao senhor Luiz Antonio da Silveira, o partícipe da lenda do pássaro azul. Em toda história de nossos municípios e do próprio Brasil são várias as versões da genealogia de nossas cidades e isto em razão dos arquivos antigos serem sempre deixados em segundo ou terceiro grau, e na maioria das vezes na memória das pessoas envolvidas com as devidas distorções. Várias versões sobre a doação do patrimônio foram apresentadas e todas fazem parte do processo histórico de S.J.R.Preto e devem ser vistas como fontes informativas.
No dia 19 de março de 2016 São José do Rio Preto comemora 164 anos do primeiro registro de sua existência territorial com as doações territoriais iniciais . São 59.860 dias de existência onde inúmeras pessoas se envolveram no processo, sob as mais variadas formas, transformando uma vontade inicialmente formal e de fundo religioso em uma realidade que transcende a qualquer proposta que tenha sido pensada há 164 anos atrás.
A cidade foi distrito de Jaboticabal até 1879. As autoridades rio-pretenses alcançaram a emancipação da cidade em 19 de julho de 1894 pela Lei Estadual 294 e atingiu o estágio de comarca pela Lei 993 de 1904. Em 1906, pela lei estadual 1021, de 6 de novembro, seu nome foi resumido para Rio Preto. Em 1944 houve tentativa de mudança para Iboruna, projeto que não foi levado avante e em 30 de novembro de 1944, pela lei estadual 14.334, o nome voltou para São José do Rio Preto. Hoje abrange os distritos de engenheiro Shmitt, Talhados e a própria sede. Limita-se com Cedral, Guapiaçu, Onda Verde, Bady Bassitt e Mirassol. A estrada de ferro – EFA – chegou à cidade em 1912 e a partir daí São José do Rio Preto passou a se tornar a sede regional e hoje desponta como uma das maiores cidades do interior paulista com melhor nível de vida.
O Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de São José do Rio Preto – IHGG, em memória a seu fundador-mor João Bernardino de Seixas Ribeiro, cumprimenta a todos os rio-pretenses de origem e por adoção, às autoridades de ontem e de hoje e a todos aqueles que, de uma forma ou de outra ajudaram a construir esta magnífica cidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário